terça-feira, 20 de setembro de 2016
sábado, 10 de setembro de 2016
Jesus na feira
Nesta imagem do filme "Um menino chamado Jesus", José aproxima-se de um vendedor de pombas que tanto tinham maravilhado Jesus e decide comprar uma para, segundo ele, oferecê-la em sacrifício ao Senhor.
Jesus, muito admirado disse: "Mas Ele não quer pombas mortas, quer que estejam vivas e a voar!" José ficou muito sério e desistiu da compra e da ideia do sacrifício, pedindo desculpas ao homenzinho da feira e que, se fosse preciso, pagaria na mesma sem levar a pomba. "Não, não, disse o comerciante, mas leve esse miudo daqui pra fora já, antes que me acabe com o negócio!"
Jesus, muito admirado disse: "Mas Ele não quer pombas mortas, quer que estejam vivas e a voar!" José ficou muito sério e desistiu da compra e da ideia do sacrifício, pedindo desculpas ao homenzinho da feira e que, se fosse preciso, pagaria na mesma sem levar a pomba. "Não, não, disse o comerciante, mas leve esse miudo daqui pra fora já, antes que me acabe com o negócio!"
sábado, 3 de setembro de 2016
Focos de fogos
Todos
os anos temos esse espetáculo dos incêndios e todos os anos ouvimos falar de
suspeitos. Com a chegada do outono, depois do inverno e da primavera, cai uma
cortina de esquecimento sobre tudo o que aconteceu. Esquecem-se os suspeitos
que são dados como loucos, esquecem-se os dramas daqueles que morreram ou
ficaram sem haveres e fica a sensação de que os loucos são aqueles que acham isto
tudo muito estranho.
Certo
dia, num restaurante perto de Sintra, sentei-me numa daquelas mesas compridas
onde estavam a almoçar alguns camionistas espanhóis e portugueses e um destes contava que
lá na terra dele, a corporação de bombeiros costumava remunerar todo aquele que
fosse o primeiro a detetar um incêndio. Acontecia então que o primeiro era
sempre o mesmo e isso levantou suspeitas. Após averiguações veio a saber-se que
esse bombeiro tinha um irmão que depois de iniciar um foco de incêndio, avisava
logo o outro para que corresse para o quartel e reclamasse o prémio! Acredito que haja
alguns indivíduos esquizofrénicos e outros que atuem por interesses mas também
acredito que muitos incêndios podem ser consequência de descuro ou até
inocência.
Muitos
jovens acampam durante os meses de verão, fazem fogueiras para cozinhar
qualquer coisa e, quando abandonam o local ignoram que debaixo do monte de
cinzas que foi uma fogueira, existe o inferno escondido! Durante a noite a
brisa vai aumentando e torna-se vento e este transforma-se em abano enorme que ateia e eleva
chamas depois de levar as cinzas! Há que ter atenção a estes campistas, cuja
inocência devia obrigar a que nunca fossem deixados sem a presença de um ou
mais adultos responsáveis!
sexta-feira, 26 de agosto de 2016
Ler Brandão
“Pela portinhola do comboio vou seguindo a PAIZAGEM de
figueiras e de vinhas que desfila. De um lado o CÉO dourado e violeta, do outro
todo roxo. Os nomes das estações TEEM um sabor a FRUCTO maduro e exótico –
Almancil-Nexe, Diogal, Marchil… de
quando em quando fixo um pormenor: uma mulher passa na estrada branca, entre
oliveiras pulverulentas e PHANTASMAS esbranquiçados de árvores, sentada no
burrico, de guarda-sol aberto, e dando de mamar ao filho. Terras de barro
vermelho. Grupos de figueiras anainhas estendem os braços pelo chão até ao mar,
deixando CAHIR na água os ramos vergados de FRUCTO, que só amadurece com as
branduras. Uma ou outra casinha reluzindo de caiada: ao lado, e sempre, a nora
de alcatruzes e um burrinho a movê-la entre as leves amendoeiras em fila, as
oliveiras d´um verde mais escuro e a alfarrobeira carregada de vagens negras
pendentes. A MEZA de Deus está posta. Estradas orladas de CACTOS IMMOVEIS como
bronze, e a deslumbrante Fuseta, com o seu zimbório entre árvores esguias. Ao longe,
e sempre, acompanha-me o mar, que mistura o seu hálito a esta luz vivíssima.
(do livro “Os Pescadores” de Raul Brandão)
Nota: em maiúsculas, as palavras como se escreviam nos séculos 19 e 20.
Nota: em maiúsculas, as palavras como se escreviam nos séculos 19 e 20.
quinta-feira, 26 de maio de 2016
Partilhar ou não
Muitas vezes no Facebook pedem-me que partilhe isto ou aquilo mas eu só sou de partilhar quando partilho, não me levem a mal, cada um é como é! Aliás, sigo um pouco aquilo que um grande poeta disse uma vez conforme excerto de seu poema junto:
"Vem por aqui - dizem alguns com olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que os ouvisse
Quando me dizem: "Vem por aqui"
Eu olho-os com olhos lassos
(há nos olhos meus , ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali..."
(de José Régio - Cântigo negro)
quarta-feira, 25 de maio de 2016
sábado, 21 de maio de 2016
Feira das flores
Neste lugar (Largo da Câmara), decorria noutros tempos, todos
os anos, a grande feira de Abril. Do cenário que se vê hoje, só o edifício em
primeiro plano à direita e o amarelo de telhado castanho ao fundo, existiam. Um, era o mercado e o
outro, era onde um médico tinha o seu consultório e, onde me lembro de ter ido uma
vez, para me ser passada a “papeleta” em que era indicado aos responsáveis,
atendendo às minhas condições de saúde, se devia passar férias na praia ou no
mato. Todo o espaço restante, era uma extensa área de terra que, na altura da
feira, ficava apinhada de barracas de comes e bebes, de quinquilharias e das
habituais diversões como o carrocel, o poço da morte e o comboio fantasma.
Lembro-me que numa certa feira, num certo dia, fixei o olhar numa linda e bela
menina que por lá andava, acompanhada por duas senhoras de mais idade. Ela
teria uns treze anos. Eu, talvez catorze. Apaixonei-me. Segui-a com o olhar
durante bastante tempo, até que a perdi de vista. Voltei à feira todos os dias
enquanto durou mas nunca mais a vi. Como todos os dias pensava nela, imaginei
um nome. Ela seria “Dido” e Dido era a bela a quem dedicava poemas que já não sei onde param e que nem eram poemas. Ao fim de
3, 4 anos, finalmente, voltei a encontrá-la numa localidade próxima, onde por acaso me
tinha deslocado para ver passar os ciclistas. Já o fogo se tinha extinto, já o
coração saltava noutras fogueiras…Só recordei agora porque Dido era uma flor e
o Entroncamento está a celebrar a sua festa das flores!
quinta-feira, 12 de maio de 2016
Uma aldeia francesa
Esta série que a RTP2 está a apresentar diariamente às
22,10 é, no meu entender, um belo contributo para que as atuais e futuras
gerações, jamais esqueçam o que foi a Europa no passado século. O perigo do
esquecimento existe, atendendo aos últimos sinais vindos de dentro da própria
Europa e ao tabuleiro do Médio Oriente onde russos e americanos decidem quando
as mortes devem parar e recomeçar! Os acontecimentos começam a desenrolar-se
numa velha escola de uma aldeia francesa onde os alemães mandam aprisionar
todos os judeus que vão capturando, retirando-lhes os filhos que enviam para
perto de Paris e tudo com a ajuda de alguns traidores franceses policiais.
Relevante no contexto desta série, é a ação do presidente do município, pelo
humanismo que demonstra para com os judeus apesar de o facto de se ter
apaixonado por uma judia, poder muito ter contribuído para isso. Recomendo
sinceramente a RTP2 pois este canal ainda não foi “ocupado” pelas forças da
mediocridade que grassam nos outros canais!
domingo, 1 de maio de 2016
Joaninha voa voa
Têm
visto por aí a “Joaninha”? Eu, que ando muito pelos campos, já há muito tempo
que as não vejo! Ter-se-ão tornado burguesas citadinas? Tenho que ver se
pergunto à multinacional estadunidense “Monsanto” o que se passa com esse lindo
inseto que dava conta de todas as pragas da nossa agricultura, tornando
desnecessário a bomba atómica Roundup e que ainda nos fazia recados mandando
beijos aos nossos amores que estavam em Lisboa.
sexta-feira, 15 de abril de 2016
domingo, 14 de fevereiro de 2016
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016
Outra educação?
Tenho visto da parte de alguns que se julgam desportistas,
manifestações de uma falta de humanismo que impressiona! Falta de humanismo,
porquê? Porque os que têm o bi querem o tri, os que têm o penta, querem o hexa
e ninguém pensa naquela criança que todos os fins-de-semana, com a sua
bandeirinha e cascol corre para o estádio desejosa de ver o seu clube ganhar e
vê-lo um dia ser campeão.Ee passam 10, 14 e até mais anos sem que consiga ter
esse prazer! Uma criatura que chega à idade adulta, transportando dentro de si
uma criança cheia de sonhos mortos! Para esses, os sem humanismo, o seu clube
tem sempre razão, o outro é que está errado; se o árbitro beneficia os seus,
fica calado, se prejudica, bem, até se traz para a mesa do protesto um pratinho
de cebolada!
Ele há gente que só vê
Do lado que dá mais jeito
Sua cabeça é no pé
E o torto é que é direito!
Não sou nenhum santinho mas recordo que, certa vez, no
antigo estádio de Alvalade, no final de um Sporting-Porto que o meu clube
venceu, fiquei aborrecido porque a meu lado, todo equipado à Porto, cascol e
bandeira, um menino de cinco anos, de cabeça baixa, chorava! Desejei que o meu
Sporting não tivesse ganho! Recordo também um jogo, no antigo estádio da Luz,
em que o Benfica ganhou ao Sporting, sagrando-se campeão e a claque leonina
desceu ao relvado e confraternizou com a claque benfiquista! Outros tempos!
sexta-feira, 29 de janeiro de 2016
O olival
O que eu vejo quando olho a imagem deste pequeno bairro
familiar, não são as palmeiras nem o abacateiro, nem a casa branca e as
amareladas. O que vejo é um olival que, aos olhos de uma criança, parecia
extenso como o mar. Onde está a casa branca havia um tanque (a nossa piscina) e
entre a palmeira maior e a casa branca, um poço que fornecia a água para o
tanque e este, para a regadia. A princípio, a água era tirada do poço por um
burrinho atrelado a uma nora de negros alcatruzes. Depois de reformado, por
velhice, o animal foi substituído pelo motor a petróleo. Havia em quase toda a
extensão do olival, inúmeras courelas com produtos a cuidar, como batatas,
feijão- verde, cenouras, nabiças, etc. e a água chegava-lhes através de um
circuito de regos que se abriam e fechavam à entrada de cada uma. Melões,
melancias, abóboras, figos, laranjas, romãs, nêsperas, pêssegos, amêndoas e
uvas, tudo ali havia no tempo certo. De todas as lidas, ao longo do ano, era o
tempo da azeitona, o que despertava mais interesse nos mais pequenos. Limpar a
azeitona, atirando-a ao ar com auxílio de uma pá e metê-la em sacos de
serapilheira; depois, a chegada da carroça, ao fim do dia, para levar os sacos
e a viagem que fazíamos, aos solavancos, pela estrada de terra muito
esburacada, até ao lagar. É tudo isso que eu vejo e não o que todos veem agora quando
passam. Eles, como aqueles passageiros do elétrico que circula numa rua da
baixa de Lisboa, onde não veem as termas romanas que estão por baixo, apenas “veem
o que veem” !
quarta-feira, 6 de janeiro de 2016
Pena à toa
- Nos dias em que chove pouco, uma coisita de nada assim como borrifos, é como se alguém lá de cima, estivesse a sacudir uma peça de roupa molhada.
- Quando estamos tristes, sem saber bem porquê, parece que nos falta a parte de dentro!
Um
patrão que nos mói
que
não larga do pé
é
uma espécie de boi
que
só marra e não vê!
- Na Venezuela, o governo caíu de maduro.
- Em França, uma pen foi ligada ao sistema! A seguir Ollande passou um antivirus chamado Sarkozi que, vendo bem, não passa de uma espécie de cavalo de Tróia!
- Em Novembro de 2015 mudaram as portas e ouviram-se passos a sair do parlamento português.
Numa
aldeia de Trás-os-Montes, é tradição no dia reis pôr as crianças
todas a fumar! Olha se a tradição fosse pôr outras coisas na boca,
que vergonha ia ser! Mas, as crianças, senhores, porque lhes dais
tanta dor?!
Não
sendo tradição minha, de vez em quando mato uma mosca e lanço o
cadáver no lixo mas depois fico chateado, parece que fico com a
mosca! É que elas maçam, mas não fazem mal a uma mosca!
terça-feira, 5 de janeiro de 2016
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