quarta-feira, 30 de setembro de 2015
sábado, 26 de setembro de 2015
Que produto acabado?
Não
importa que matem os golfinhos e as baleias: faremos imitações em
plástico quando quisermos mostrar às crianças do futuro como eram
esses maravilhosos animais; Não importa que morram as abelhas e as
borboletas que vão levando em suas patitas sob a forma de gotas de
Roundup a sua própria morte : ficamos com as couves, os pepinos os
tomates e todos os legumes envenenados com a nossa morte lá dentro e
podemos não os comer; Não importa que subam as águas dos oceanos:
ficamos com praias no interior e toda a gente a ver o mar; Não
importa que a Síria acabe: ficamos com a Síria dentro de nós e com
menos gente a mandar no petróleo; Não importa que apodreçam
cadáveres no fundo do Mediterrâneo: não bebemos essa água; Não
importa, enfim, que o Homem pense. Tudo já foi pensado: a facilidade
com que hoje em dia se cortam cabeças, diz tudo! O Homem está a
ser transformado em “matéria prima” na fábrica do capital!
Veremos que monstro sairá o produto acabado!
sábado, 19 de setembro de 2015
Às vezes um anjo...
Moatize,
zona de Tete, Moçambique. Era domingo e havia uma estranha calma no
aldeamento daquela central de asfalto onde eu tinha a meu cargo a
parte administrativa. O ar estava abafado...pesava e não havia sol.
Nuvens escuras cobriam tudo. A casa onde vivia era bonitinha, toda de
madeira e o telhado constituído por chapas de zinco ou algo do
género. Achava-a muito grande.
Nos
dias em que a central estava parada como naquele domingo, eu gostava
de dormir a sesta, no entanto, algo me puxava para sair. Como no
lugar nem um café havia, pensei ir até ao escritório onde tinha
uma máquina de escrever e me podia entreter. O escritório era um
apartamento retangular, todo em alvenaria e bastante confortável.
Ficava logo do outro lado da estrada, a caminho da central. Para lá
me dirigi então. Foi só atravessar a estrada. Mal acabei de abrir a
porta do escritório começo a ouvir trovões, o vento a uivar e
quase em simultâneo, uma chuva impiedosa a crivar o solo de buracos
como se caíssem balas do céu! Relâmpagos, trovões, cenário
dantesco.
Apesar
disso estava tranquilo. Estava no local mais seguro do acampamento.
Ali passei uma parte da tarde entretido enquanto durou a tempestade.
E digo enquanto porque logo que a mesma terminou, apareceu o Artur,
filho de um funcionário dos caminhos de ferro que ali vivia. Entrou
a correr e puxou-me pela mão dizendo que precisava ir ver uma
coisa. Fechei o escritório e fui. Como a minha casa ficava quase à
beira da estrada principal, nem precisei mais das explicações do
miúdo. A minha casa estava com uma cara muito estranha, ou melhor,
meio despenteada: Umas chapas na vertical, outras fazendo “ésses”
e algumas outras apontadas ao chão. Entrei e nem queria acreditar.
Uma barra de ferro com um bloco de cimento agarrado, tinha furado o
colchão da minha cama exatamente no centro. Tinha ali um quarto a
céu aberto pois quase todas as chapas tinham ido com o vento. Ao ver
o miúdo triste a olhar para mim comecei-me a rir e logo ele também.
Olha do que eu me safei! -disse. Felizmente, perto daquela havia uma
casa vaga e, embora muito mais pequena, era muito engraçada. Mudei
logo para lá. Fora as graças, só hoje é que penso a sério no que
aconteceu. Naquele domingo não fui à missa, tal como não ia nos
outros, mas um anjo me pegou pela mão e levou para um local seguro.
Depois, um outro anjo me pegou pela mão e me levou a ver...o quê?
O castigo... a salvação? - Não sei! Só sei que às vezes há
anjos que nos pegam pela mão!
sábado, 5 de setembro de 2015
Maçã estrela
Foi
partilhado por alguém há pouco tempo, no Facebook, um vídeo que
nos alertava para o perigo de se comerem as maçãs reluzentes que se
vão vendendo aí pelos supermercados. Atendendo ao demonstrado, não
há dúvida que é mesmo perigoso. Por acaso o brilho dessas maçãs
nunca me enganou e sempre comprei aquelas mais feias e com cara
enjoada como a minha. Geralmente essas são as maças portuguesas.
Apesar do alerta, acho que não devemos virar costas a tão belo
fruto que é a maçã mas aquela que não se pinta demasiado! Parece,
segundo um outro vídeo que me foi sugerido no meu canal do YouTube,
que a grande riqueza da maçã até está lá dentro, mais
precisamente nas sementes. Vou continuar a comer as maçãs simples e
sem brilho, lavando bem a casca mas vou também começar a comer as
sementes, ou melhor, já comecei e posso dizer que gosto. Sabem
precisamente a amêndoa amarga. Outra coisa que gosto na maçã e me
intriga, é aquele seu centro onde se alojam as sementes, com a
forma de estrela !
quarta-feira, 2 de setembro de 2015
Hiroshima, meu amor!
Em
território espanhol, junto à fronteira, entre os distritos de
Castelo Branco e Portalegre, existe uma coisa já designada de bomba
relógio pela Quercus e que é nada mais nada menos do que a
central nuclear de Almaraz. Consta que, num recente teste de
resistência, a dita central chumbou porque, além de estar
completamente obsoleta, não dispõe de um tipo de válvulas que a
existirem, evitariam casos como o de Fukushima que também as não
possuía.
O
texto que fica para trás, é um resumo do que acabo de ler no jornal
“Novo Almourol”. O que segue é prosa da minha lavra:
O
sr Mariano do país vizinho, que, cada vez que fala, só sabe dizer
que a Espanha é o país com a economia que mais cresce na zona euro,
não podia deixar de olhar tanto para o seu umbigo e lançar uma
“mirada” para a sua economia que apodrece? Vila Velha de Ródão,
é a primeira localidade portuguesa a ser “lambida” por um Tejo
que, sabe-se lá, que alma trás de Almaraz! Afeta Portugal. Então
era interessante saber se o sr Passos de cá, tem dado alguns passos
no sentido de fazer ver isso aos de lá e de os
convencer a cumprir regras que parece até já existem na União
Europeia.
Parabéns
ao jornal NA por abordar assuntos tão importantes como este.
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