quinta-feira, 26 de maio de 2016

Partilhar ou não

Muitas vezes no Facebook pedem-me que partilhe isto ou aquilo mas eu só sou de partilhar quando partilho, não me levem a mal, cada um é como é! Aliás, sigo um pouco aquilo que um grande poeta disse uma vez conforme excerto de seu poema junto:

"Vem por aqui - dizem alguns com olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que os ouvisse
Quando me dizem: "Vem por aqui"
Eu olho-os com olhos lassos
(há nos olhos meus , ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali..."
(de José Régio - Cântigo negro)

sábado, 21 de maio de 2016

Feira das flores

Neste lugar (Largo da Câmara), decorria noutros tempos, todos os anos, a grande feira de Abril. Do cenário que se vê hoje, só o edifício em primeiro plano à direita e o amarelo de telhado castanho ao fundo, existiam. Um, era o mercado e o outro, era onde um médico tinha o seu consultório e, onde me lembro de ter ido uma vez, para me ser passada a “papeleta” em que era indicado aos responsáveis, atendendo às minhas condições de saúde, se devia passar férias na praia ou no mato. Todo o espaço restante, era uma extensa área de terra que, na altura da feira, ficava apinhada de barracas de comes e bebes, de quinquilharias e das habituais diversões como o carrocel, o poço da morte e o comboio fantasma. Lembro-me que numa certa feira, num certo dia, fixei o olhar numa linda e bela menina que por lá andava, acompanhada por duas senhoras de mais idade. Ela teria uns treze anos. Eu, talvez catorze. Apaixonei-me. Segui-a com o olhar durante bastante tempo, até que a perdi de vista. Voltei à feira todos os dias enquanto durou mas nunca mais a vi. Como todos os dias pensava nela, imaginei um nome. Ela seria “Dido” e Dido era a bela a quem dedicava poemas que já não sei onde param e que nem eram poemas. Ao fim de 3, 4 anos, finalmente, voltei a encontrá-la numa localidade próxima, onde por acaso me tinha deslocado para ver passar os ciclistas. Já o fogo se tinha extinto, já o coração saltava noutras fogueiras…Só recordei agora porque Dido era uma flor e o Entroncamento está a celebrar a sua festa das flores!

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Uma aldeia francesa

Esta série que a RTP2 está a apresentar diariamente às 22,10 é, no meu entender, um belo contributo para que as atuais e futuras gerações, jamais esqueçam o que foi a Europa no passado século. O perigo do esquecimento existe, atendendo aos últimos sinais vindos de dentro da própria Europa e ao tabuleiro do Médio Oriente onde russos e americanos decidem quando as mortes devem parar e recomeçar! Os acontecimentos começam a desenrolar-se numa velha escola de uma aldeia francesa onde os alemães mandam aprisionar todos os judeus que vão capturando, retirando-lhes os filhos que enviam para perto de Paris e tudo com a ajuda de alguns traidores franceses policiais. Relevante no contexto desta série, é a ação do presidente do município, pelo humanismo que demonstra para com os judeus apesar de o facto de se ter apaixonado por uma judia, poder muito ter contribuído para isso. Recomendo sinceramente a RTP2 pois este canal ainda não foi “ocupado” pelas forças da mediocridade que grassam nos outros canais!

domingo, 1 de maio de 2016

Joaninha voa voa

Têm visto por aí a “Joaninha”? Eu, que ando muito pelos campos, já há muito tempo que as não vejo! Ter-se-ão tornado burguesas citadinas? Tenho que ver se pergunto à multinacional estadunidense “Monsanto” o que se passa com esse lindo inseto que dava conta de todas as pragas da nossa agricultura, tornando desnecessário a bomba atómica Roundup e que ainda nos fazia recados mandando beijos aos nossos amores que estavam em Lisboa.