terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Quadra seca

Se não nos virmos desejo
a todos um bom Natal.
Se nos virmos não festejo
que o menino dorme mal

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Batoteiros

Dizem alguns que o cenário recentemente criado na Assembleia da República, é consequência de uma falta de ética política por parte do Partido Socialista. Esses mesmos parece já terem esquecido o sem número de faltas de ética cometidas ao longo destes últimos quatro anos, pela coligação de direita: Tentativa de alterar o modo de designação de juízes para o Tribunal Constitucional só porque este lhe cortava as “vasas”; Tentativa de mudar a lei da greve só porque os professores resolviam fazer greve quando não convinha à coligação, etc...E agora, pasme-se, pede uma revisão da Constituição, tal como um garoto batoteiro que perdeu o jogo e tenta a todo o custo baralhar e dar cartas de novo para ver se ganha! É tão ridículo, que até parece impossível que esteja a acontecer! Afinal, quem é que tem sede de poder? O que quer ser governo tendo agido segundo as regras da Constituição ou o que não quer sair porque, “democraticamente” acha que só eles têm direito a ser governo? Faz-me isto lembrar também um caso recente no nosso futebolzinho!

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

3 quadras

3 quadras de Aleixo

Os que vivem da grandeza
Dizem, vendo alguém subir:
Há que manter a pobreza
P´ra grandeza não cair.

Pobres, p´ra que nascem eles?
É fácil de compreender:
Nascem p´ra escravos daqueles
Que podem fugir de o ser.

Entre grandes e pequenos
Ficávamos quase iguais,
Dando a uns um pouco menos
E a outros um pouco mais.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Tempos Shaub Lorenz

Olhar este aparelho, traz-me à memória, alguns factos já passados no caudal do rio que é o tempo:
A gripe asiática. Escolas e colégios em todo o país, foram encerrados. Então, a rádio era a companhia de acamados e não só. Possuir um rádio nessa altura era um luxo e, tal como hoje os televisores, eram comprados a prestações pelas famílias mais humildes.
Do que trazia as pessoas presas ao rádio, lembro-me dos folhetins da Emissora Nacional e do Rádio Clube Português. Com que devoção famílias inteiras ficavam de ouvidos colados aos aparelhos! O fascínio de “ver” através do som. Do Rádio Clube Português ficou-me o som do teatro Tide que não acompanhava mas da Emissora Nacional, recordo bem o som, a “imagem” e o enredo de uma fabulosa odisseia chamada “As minas de Salomão”.
Os relatos de futebol, aos domingos à tarde, sempre à mesma hora, nas vozes espetaculares de Artur Agostinho ou Amadeu José de Freitas, sempre antecipados de quinze minutos de marchas militares.
A volta a Portugal em bicicleta que arrastava multidões para a beira das estradas para verem grandes nomes como Alves Barbosa, Ribeiro da Silva, Sousa Cardoso, João Roque, Américo Raposo, Peixoto Alves e Joaquim Agostinho entre outros.
Os discursos do dr Salazar e ainda as mensagens de Natal dos soldados em Goa, Damão e Diu e mais tarde dos da Guiné, Angola, Moçambique e Timor. Portugal era enorme e tudo era a bem da nação!
Coisas que o tempo leva!...

sábado, 7 de novembro de 2015

Atarantados

No tempo de Salazar, o regime inculcou no espírito dos portugueses a ideia de que os comunistas comiam crianças ao pequeno almoço, mesmo as crianças daqueles que não tinham crianças. Hoje, o povo sabe que o regime de agora, embora não coma as crianças, come a papa das crianças e dá-a aos mercados e aos “familiares” dos mercados! O povo quer mudar. Não sabe bem como, porque alguns partidos em quem confiava para a mudança, estão cheios de “ASSIStidos” pelos mercados, alguns até “AMADOS”! Então, na confusão que por aí vai, alguns, como Vanzeler, dá-se ao luxo de, em nome dos 10% de empresários que representa, (aqueles que viajam com o presidente para todo o lado), falar em nome dos 90% de micro-pequenos e médios empresários, cujo único interesse é que o Estado não lhes complique a vida mais do que ela já está por serem pequenos. Os abutres andam no ar, apavorados, com medo que alguém toque na sua “carne”.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Carrancas salazarentas

Hoje entrei em quatro repartições públicas. Em duas delas fui bem atendido mas nas outras duas por sinal onde fui primeiro, sofri um choque como se tivesse sido transportado aos tempos de Salazar, quando qualquer pindérico “espezinhava” quem a ele estivesse subordinado. Estas duas mulheres, com tanta clarividência me fizeram sentir nos tempos de Salazar que me veio logo à memória aquele instrutor militar que nas ruas da Moita esbofeteava o soldado, sempre que este manobrava o veículo de maneira deficiente. Pindérico instrutor que uns olhos de criança fotografaram há muitos anos e que, de vez em quando, a memória ainda revela! Portanto, mulheres pindéricas estas duas que conheci hoje. Almas fora do tempo. Fantasmas velhos do Estado Novo!
Não sei de que partido são fantasmas e nem importa. Há lixo em todos os partidos. Uma coisa é certa:

Todos os funcionários que vivam com o rei na barriga, deviam ser privatizados ou exportados para uma qualquer despótica monarquia.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Cabazadas

Hoje fui dar uma volta ao “bilhar grande”, um espaço cedido pelo jornal Record a um senhor que me pareceu apresentar graves sintomas de azia. Não conhecia o espaço, muito menos o seu dono, pois não sou leitor fiel do Record. Pelos vistos, tenho evitado muitos aborrecimentos.
No dia imediatamente a seguir a uma retumbante vitória do Sporting por 5-1, sobre o Guimarães, que mantém os leões no 1º lugar do campeonato, o escrevinhador do bilhar, não teve mais nada para expor do que um chorrilho de disparates sobre a instituição Sporting Clube de Portugal, o seu presidente, os seus sócios, o jogador Carrilho e a prestação do clube nas provas da Uefa. Só o jogador referido não é atacado. O problema do bilhar grande é o Sporting! Um jogador que anda há x anos a passear em Alvalade e que, de repente, no ano em que acaba o contrato, decide começar a jogar, não, esse não merece reparos! O Sporting devia até mandar erguer-lhe uma estátua!
Só para terminar e mostrar como ,na realidade, o problema do bilhar grande é o Sporting, destaco a forma “elegante” como se refere ao clube sobre a sua prestação na Liga dos Campeões e na Liga Europa:

O Sporting continua a marcar passo. Foi “despachado” da Liga dos Campeões e levou uma “cabazada” no seu campo. Cabazada: 3-1!!! Olhe, senhor bilhar, cabazada é isto: 

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Casinha à beira-mar

Se eu tivesse uma casinha
mesmo pobre à beira- mar
nem que fosse de palhinha
nem que fosse de brincar...

Com a porta para entrar
com janela para abrir
para a ela ver o mar
toda a hora a ir e vir!

Se eu tivesse uma casinha
mesmo pobre à beira-mar
fá-la-ia ser a minha
caravela a navegar!


sábado, 26 de setembro de 2015

Que produto acabado?

Não importa que matem os golfinhos e as baleias: faremos imitações em plástico quando quisermos mostrar às crianças do futuro como eram esses maravilhosos animais; Não importa que morram as abelhas e as borboletas que vão levando em suas patitas sob a forma de gotas de Roundup a sua própria morte : ficamos com as couves, os pepinos os tomates e todos os legumes envenenados com a nossa morte lá dentro e podemos não os comer; Não importa que subam as águas dos oceanos: ficamos com praias no interior e toda a gente a ver o mar; Não importa que a Síria acabe: ficamos com a Síria dentro de nós e com menos gente a mandar no petróleo; Não importa que apodreçam cadáveres no fundo do Mediterrâneo: não bebemos essa água; Não importa, enfim, que o Homem pense. Tudo já foi pensado: a facilidade com que hoje em dia se cortam cabeças, diz tudo! O Homem está a ser transformado em “matéria prima” na fábrica do capital! Veremos que monstro sairá o produto acabado! 

sábado, 19 de setembro de 2015

Às vezes um anjo...

Moatize, zona de Tete, Moçambique. Era domingo e havia uma estranha calma no aldeamento daquela central de asfalto onde eu tinha a meu cargo a parte administrativa. O ar estava abafado...pesava e não havia sol. Nuvens escuras cobriam tudo. A casa onde vivia era bonitinha, toda de madeira e o telhado constituído por chapas de zinco ou algo do género. Achava-a muito grande.
Nos dias em que a central estava parada como naquele domingo, eu gostava de dormir a sesta, no entanto, algo me puxava para sair. Como no lugar nem um café havia, pensei ir até ao escritório onde tinha uma máquina de escrever e me podia entreter. O escritório era um apartamento retangular, todo em alvenaria e bastante confortável. Ficava logo do outro lado da estrada, a caminho da central. Para lá me dirigi então. Foi só atravessar a estrada. Mal acabei de abrir a porta do escritório começo a ouvir trovões, o vento a uivar e quase em simultâneo, uma chuva impiedosa a crivar o solo de buracos como se caíssem balas do céu! Relâmpagos, trovões, cenário dantesco.


Apesar disso estava tranquilo. Estava no local mais seguro do acampamento. Ali passei uma parte da tarde entretido enquanto durou a tempestade. E digo enquanto porque logo que a mesma terminou, apareceu o Artur, filho de um funcionário dos caminhos de ferro que ali vivia. Entrou a correr e puxou-me pela mão dizendo que precisava ir ver uma coisa. Fechei o escritório e fui. Como a minha casa ficava quase à beira da estrada principal, nem precisei mais das explicações do miúdo. A minha casa estava com uma cara muito estranha, ou melhor, meio despenteada: Umas chapas na vertical, outras fazendo “ésses” e algumas outras apontadas ao chão. Entrei e nem queria acreditar. Uma barra de ferro com um bloco de cimento agarrado, tinha furado o colchão da minha cama exatamente no centro. Tinha ali um quarto a céu aberto pois quase todas as chapas tinham ido com o vento. Ao ver o miúdo triste a olhar para mim comecei-me a rir e logo ele também. Olha do que eu me safei! -disse. Felizmente, perto daquela havia uma casa vaga e, embora muito mais pequena, era muito engraçada. Mudei logo para lá. Fora as graças, só hoje é que penso a sério no que aconteceu. Naquele domingo não fui à missa, tal como não ia nos outros, mas um anjo me pegou pela mão e levou para um local seguro. Depois, um outro anjo me pegou pela mão e me levou a ver...o quê? O castigo... a salvação? - Não sei! Só sei que às vezes há anjos que nos pegam pela mão!

sábado, 5 de setembro de 2015

Maçã estrela

Foi partilhado por alguém há pouco tempo, no Facebook, um vídeo que nos alertava para o perigo de se comerem as maçãs reluzentes que se vão vendendo aí pelos supermercados. Atendendo ao demonstrado, não há dúvida que é mesmo perigoso. Por acaso o brilho dessas maçãs nunca me enganou e sempre comprei aquelas mais feias e com cara enjoada como a minha. Geralmente essas são as maças portuguesas. Apesar do alerta, acho que não devemos virar costas a tão belo fruto que é a maçã mas aquela que não se pinta demasiado! Parece, segundo um outro vídeo que me foi sugerido no meu canal do YouTube, que a grande riqueza da maçã até está lá dentro, mais precisamente nas sementes. Vou continuar a comer as maçãs simples e sem brilho, lavando bem a casca mas vou também começar a comer as sementes, ou melhor, já comecei e posso dizer que gosto. Sabem precisamente a amêndoa amarga. Outra coisa que gosto na maçã e me intriga, é aquele seu centro onde se alojam as sementes, com a forma de estrela !

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Hiroshima, meu amor!

Em território espanhol, junto à fronteira, entre os distritos de Castelo Branco e Portalegre, existe uma coisa já designada de bomba relógio pela Quercus  e que é nada mais nada menos do que a central nuclear de Almaraz. Consta que, num recente teste de resistência, a dita central chumbou porque, além de estar completamente obsoleta, não dispõe de um tipo de válvulas que a existirem, evitariam casos como o de Fukushima que também as não possuía.
O texto que fica para trás, é um resumo do que acabo de ler no jornal “Novo Almourol”. O que segue é prosa da minha lavra:
O sr Mariano do país vizinho, que, cada vez que fala, só sabe dizer que a Espanha é o país com a economia que mais cresce na zona euro, não podia deixar de olhar tanto para o seu umbigo e lançar uma “mirada” para a sua economia que apodrece? Vila Velha de Ródão, é a primeira localidade portuguesa a ser “lambida” por um Tejo que, sabe-se lá, que alma trás de Almaraz! Afeta Portugal. Então era interessante saber se o sr Passos de cá, tem dado alguns passos no sentido de fazer ver isso aos de lá e de os convencer a cumprir regras que parece até já existem na União Europeia.
Parabéns ao jornal NA por abordar assuntos tão importantes como este.


quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Português...mente!

Num país onde tão mal de fala e escreve o português, soa muito estranha essa moda de alguma gente benfiquista em fazer humor com os deslizes linguísticos que uma certa figura pública comete, muitas vezes debaixo de enorme pressão e nervosismo. Gozam e depois escrevem assim os comentários que, doutoralmente, fazem nas redes sociais.  Eis alguns:

1:
isto foi a repetição e foram muitas kkkkkkkkk mas o problema e que o arbito para compensar a mao do jogador do tondela foi conpesar o Sporting com este lance o que e ainda mais grave

2:
Estas perguntas não teem fundamento,qual é o Befiquista que iria diser não a um dos melhores latrais do mundo?

3:
Olha uma cena senhor dias ferreira, e se foses indireitar bananas pá india com todus akeles ke te apoiao, tinha vergonha de traser assim um tricko onde dis Scp, meu deus ajuda esta gent, e mostralhes o caminho ke os levara a flicidade, e alegria Gloriosu SLB,

4:
Nem me importava que ganha-se o campeonato só com portugueses.. Sendo eu benfiquista...

5:
Só sucata cambada de nabos pençavam que era o Jesus que ia ganhar jogos...

6:
Fazem uma primeira parte de merda e agora a culpa é do árbitro? Fosgasse, ganhem vergonha de culpar sempre os árbitros. Ja cança

Estes foram apenas alguns molhos de calinadas que colecionei. E vou-me divertindo a ler estas pérolas!





terça-feira, 18 de agosto de 2015

Curiosidades

Sportinveste Multimédia
13 Fevereiro 2009.

Segundo esta fonte e na data referida,

Os espanhóis Barcelona e Real Madrid, lideravam o “ranking” de popularidade de clubes na Europa, apesar da aproximação dos ingleses do Manchester United, segundo uma empresa de marketing alemã. De acordo com a segunda edição do “Top 20 de futebol” da Sport+Markt, dedicado à época 2008/2009, o Manchester United somava 37,5 milhões de adeptos, ocupando a terceira posição, logo atrás de Barcelona e Real Madrid com 44,2 milhões e 41 milhões respetivamente. Em quarto lugar figurava o Chelsea, com 25,6 milhões de adeptos. Quanto aos portugueses, aparecia o Benfica na 32ª posição, o Porto na 44ª e o Sporting na 47ª totalizando os 3 juntos 6,6 milhões de adeptos!

Curiosamente, foi mais ou menos a partir desta data que comecei a ouvir falar em 6 milhões de benfiquistas!!!

Dado que os clubes aqui referidos continuam todos a ser grandes clubes, acredito que a situação não se deve ter alterado significativamente. Então, por favor, haja mais humildade!

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Quadro impulsivo

Li num cantinho do jornal “O Mirante” a notícia de que um jovem de 21 anos, foi detido por ter ateado um fogo em Rio Maior, no passado mês de Julho. Segundo a P.J. O indivíduo agiu “num forte quadro impulsivo” e foi-lhe aplicada a pena de ter de se apresentar, quinzenalmente, às autoridades e de ter de se sujeitar a acompanhamento psiquiátrico.
Mas que castigo mais cruel!!! Então, não veem que um “menino” de 21 anos ainda não sabe o que faz? Que os quadros impulsivos são muito fortes?

Sarcasmos à parte, acho que deveria existir um registo de incendiários, com ou sem quadros impulsivos e todos os anos, antes de começar o espetáculo que eles tanto apreciam, recolhê-los em locais onde os impulsos não causassem estragos! 

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

A ajuda dos lacaios

Como na Roma antiga, os lacaios se ajoelham para os donos disto tudo subirem e cavalgarem no poder!


Parece que os poderosos sempre conheceram a "arte de cavalgar toda a sela".

(Esta imagem aparece no filme "Roma" mas eu, depois de editá-la, descobri que na pata esquerda da frente do cavalo, há umas figuras muito estranhas!)

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Avisos

Meu aviso ao povo:

Se calhar nas eleições
qu´ estão já aí tão perto
vão vender-vos ilusões
estai de olho bem aberto!


Aviso do poeta António Aleixo
aos vendedores:

“Vós que lá do vosso império
prometeis um mundo novo
lembrai-vos que pode o povo
q´rer um mundo novo a sério.”

domingo, 26 de julho de 2015

Pontapés

Acho graça a certa gente que tanto goza os outros por erros dados quando falam ou escrevem o português!!! Em Portugal, o sr Jesus, desde que virou costas às  hostes encarnadas, passou a ser o alvo de muitos humoristas despeitados. Parece que é o único cidadão que dá pontapés na gramática! Todos damos, meus senhores! Pessoas comuns, jornalistas e até presidentes da República!
Não é preciso correr muito  para encontrar calinadas como estas:

supônhamos que ele não sai do Benfica;

O sportimg não ganha á 12 anos;

desejo te as mais felicidades;

aquando da caimbra;   

PONHÃO SÓ FILMES DE PANCADARIA E K NÃO TEM NADA AA MOSTRAR AOS + JOVENS;

conferencia de empresa;

etc,etc,etc.


sexta-feira, 24 de julho de 2015

Cuidado

Ouvi esta noite, numa estação de rádio do país vizinho, que já voam pelos céus alguns falsos insetos
armados em drones. Temos que nos por a pau! Ainda há poucos dias, entrou-me em casa um pequeno besouro mas teve azar pois vinha com tal velocidade e a fazer tal barulho que me chamou a atenção e, com o mata-moscas, tirei-lhe logo todas as veleidades de me fazer espionagem! Mas olhem que isto está perigoso. Nem o George Orwell se lembrou de tal!

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Ping-pong

Ela um dia prometeu
qu´haveria de mostrar
um segredo que mantinha
debaixo da sua saia!
Mas tal nunca aconteceu
porque eu tive de mudar
para os lados da Barquinha
e ela para o pé de Gaia!
Mas que asno que fui eu
ter saído tão depressa!
 Ooutro a quem não prometeu
se calhar viu a promessa!

sábado, 18 de julho de 2015

Dó, ré, mi

Tive um professor de música que usava saia e que era muito forte a bater as palmas e a bater nas faces dos seus alunos. Quando cantava e nos fazia cantar, punha-se em bicos de pés e as suas mãos desenhavam vigorosos compassos! Quando batia com a régua (Sta Luzia), usava o compasso binário; quando dava bofetadas, acho que usava o ternário! Havia notas no ar mas não havia nenhum dó! Era uma figura castiça, de quem já não lembro o nome. Lembro-me sim que, graças a ele, acabei por nunca entender a razão de uma breve ser tão longa e as fusas e semifusas serem tão breves!

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Pois, bois.

Tendes visto um guardador de cabras à frente do seu rebanho, conduzindo com acenos e assobios todas as barbudas cabeças daquele regimento quadrúpede? Pois vistes o mais perfeito símile da cena que se presenciava agora no adro da igreja matriz.
O povo, o povo soberano, que naquele dia tinha nas mãos o ceptro da sua soberania, não era menos dócil do que os irracionais que recordamos.
Não é semelhante esta força inconsciente do povo à do boi robusto e válido, que uma criança dirige e subjuga? Forte como ele, como ele dócil, como ele laborioso, como ele útil, não vê que a mesma força que emprega no trabalho lhe poderia servir para repelir o jugo. Ou, quando o vê, é quando o desespero e a fúria o cegam e o impelem a revoltas tremendas.”

(excerto de “A morgadinha dos canaviais” de Júlio Dinis)
Nota: quando Júlio Dinis escreveu isto ainda não havia acordo!

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Desprezar é vandalizar!

Este pináculo caiu da torre do antigo convento da Trindade em Santarém, em meados do último Junho. Soube-o pelo jornal “O Mirante” donde retirei a foto. A mesma foto é acompanhada de um breve texto em que, além de outras coisas, se diz que, felizmente, não houve vítimas. Diz-se ainda que alguém perguntou se a torre tem sido monitorizada. E agora eu, armado em crítico, se bem que de meia tigela,  pergunto: e se fosse alguém a passar ou houvesse ali crianças a jogar ao berlinde? E, para terminar, pergunto só mais uma coisa: valia a pena perguntar se a torre tem sido monitorizada? Então não se vê logo pelo aspeto do passeio e daquelas ervinhas? Realmente, nisto de destruir património cultural, somos mais eficazes do que os jihadistas que esses ainda se cansam a dar marretadas lá para os lados da antiga Babilónia! Nós aqui é só deixar andar e está feito!!!

Tempos


sexta-feira, 10 de julho de 2015

Dinheiro falso

O dinheiro é todo falso! Basta repararmos no fenómeno das bolsas: Se os donos do dinheiro ficam contentes quando há sol na Grécia, as cotações sobem imediatamente desde Nova York até ao Japão; se na Grécia chove e há alguma tempestade, logo os donos do coiso entram em pânico e o que ontem valia 1€ hoje vale apenas 050€. Isto parece querer provar pura e simplesmente que o dinheiro não vale aquilo que vale!, ou seja, é falso! Ah, e quando dizem que os mercados são muito sensíveis, querem dizer que são é muito ladrões!  

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Acordo

Como se escreviam algumas palavras em 1908:

Official, arithmetica, systema, augmentar, fallada, escripta, signaes, logar, deante, elles, occupar, collocar, somma, addição, despeza, parcella, columna, egualar, producto, iguaes, anno, alumnos, sahidos, pae, fallecer, sciencias, promptidão.

Sendo assim, haverá tanta razão para protestar o novo acordo?

  • Há coisas esquisitas de fato, por isso eu próprio , que sei bem que nada sei, até concordo com quem discorda porque, de facto, às vezes não sei com que fato hei-de vestir certas palavras! Irra, cágado cagado?

terça-feira, 5 de maio de 2015

John Steinbeck


(excerto da obra de John Steinbeck: “ a um deus desconhecido”)

O inverno chegou cedo nesse ano. Três semanas antes do dia de Graças, as tardes avermelhavam-se nas serranias do lado do mar e o vento desabrido varria o vale e passava a noite a cantar nas esquinas da casa, fazendo bater as cortinas das janelas. Pequenos remoinhos de vento atiravam nuvens de folhas e poeira pela estrada fora, como soldados em marcha. Os melros reuniam-se e voavam em grupos para longe e as pombas lamentosas pousavam nas sebes por algum tempo e depois desapareciam por uma noite. Todo o dia os bandos de patos e gansos passavam lá em cima a voar alto, apontados infalivelmente para o sul; e ao escurecer gritavam cansados, a procurar um brilho de água onde pudessem repousar durante a noite. A geada tomou posse do Vale de Nossa Senhora, queimando os salgueiros até ficarem amarelos e os noveleiros encarnados.
Havia no céu e na terra preparativos apressados. Os esquilos trabalhavam freneticamente nos campos, armazenando nos subterrâneos da comunidade dez vezes mais alimentos do que precisavam, enquanto à boca das tocas, os avós grisalhos soltavam guinchos agudos e dirigiam a colheita. Os cavalos e as vacas perdiam a pelagem luzidia que se tornava áspera com o pelo novo do inverno; os cães faziam covas pouco fundas para dormirem protegidos contra os ventos rasteiros.

E, apesar da atividade, por todo o vale pairava uma tristeza como a neblina azul e esfumada sobre as montanhas. A salva estava preta. Os carvalhos deixavam cair folhas como a chuva e, apesar disso, continuavam revestidos de folhagem. Todas as noites o céu ardia sobre o mar e as nuvens acumulavam-se e estendiam-se, atacando e recuando como a treinar-se para o inverno.

terça-feira, 28 de abril de 2015

Rijos


Eram assim os homens que nos tiraram do jugo dos mouros. Que falta fariam agora para subirem ao ninho das cobras da troyka!

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Histórias resumidas

Uma fuga da escola, leva meaulnes a cair num lugar fantástico onde encontra uma linda rapariga por quem se apaixona: Ivone Galais, assim se chamava. Nesse lugar preparava-se uma boda de casamento do irmão dessa rapariga com uma outra que com ele havia de chegar ao lugar. Esse irmão de Ivone chamava-se Frantz. Entretanto, este acabou por regressar só, porque a rapariga com quem ia casar, Valentina, desistiu à última hora, não tendo sequer comparecido ao encontro conforme combinado. Ficaram, portanto, sem efeito , as grandes celebrações que estavam preparadas e os convidados foram saindo aos poucos do lugar. Meaulnes, que não tinha sido convidado por ninguém que havia comido e dormido como um convidado qualquer e, antes que o denunciassem, aproveitou uma boleia e regressou a casa para continuar os estudos, levando, contudo, Ivone no coração. Frantz, arruinado psicologicamente, abandonou também o lugar, sem ao menos se despedir dos familiares. Pelo que se apurou depois, juntou-se a um bando de saltimbancos que davam espetáculos em diversos lugares. Frantz e Meaulnes não se conheciam. Cruzaram-se uma época na mesma escola e tornaram-se amigos. Frantz sempre com Valentina no pensamento e Meaulnes ansioso por voltar a encontrar-se com Ivone Galais. Entretanto, passara-se muito tempo e quando Meaulnes voltou ao lugar já não encontrou Ivone. Soube que se tinha mudado e que costumava ir passar férias a Paris. Tendo rumado a Paris, encontrou a casa onde Ivone costumava habitar mas esta não dava sinais de vida. Travou conhecimento com uma certa rapariga que deambulava por Paris e passou a conviver com ela. Depois de várias idas a Paris acabou por desesperar de encontrar a sua amada e voltou para a sua localidade. Antes de conhecer Frantz, Meaulnes tinha como seu maior amigo Francisco Seurel. Foi este que, enquanto Meaulnes andava por Paris que, através de uns tios, descobriu o paradeiro de Ivone. Então levou o amigo até ela. Começou para Meaulnes e Ivone um curto período de felicidade: casaram. Pouco depois, porém, Meaulnes que, nos contactos com Valentina se tinha apercebido que ela era a tal noiva que tinha feito do seu amigo Frantz, o jovem mais infeliz deste mundo, disse a Ivone que tinha de fazer uma viagem, uma viagem cujo objetivo a ninguém revelou. Eram os remorsos que o levavam por sentir que era feliz e que um seu amigo era infeliz e estava à beira do suicídio. Tendo ouvido dizer que o grupo de Frantz caminhava pelas estradas da Alemanha para aí se encaminhou e demorou demasiado tempo. Acabou por encontrar Frantz e ir com ele ao encontro de Valentina em Paris. Os três voltaram com ele para aquele lugar onde um dia foi parar por casualidade , após uma dolorosa aventura. Agora, porém, tudo estava diferente: Ivone tinha morrido, depois de dar à luz uma menina. O pai de Ivone e Frantz também. Só uma filha de meses o aguardava e o seu velho amigo Seurel. Tudo ia começar de novo. (Sinopse da obra de Alain-Fournier "o grande meaulnes")

sábado, 28 de março de 2015

Boa casta

Hoje, ouvi na rádio o seguinte diálogo:
(As palavras como estão são minhas mas a essência é dos dialogantes, sobretudo essa pérola do “tênhamos”!
  • Entrevistador: Qual é o segredo da excelência deste seu vinho?
  • Empresário: A casta trincadeira preta faz com que tênhamos esta maravilha!
  • Entrevistador: e a poda? É difícil, não?
  • Empresário: a poda é uma arte. Sabia que as primeiras podas foram feitas por burros?
  • Entrevistador: ai é?
  • Empresário: pois. Antigamente alguns agricultores usavam os burros para puxar as charruas na preparação da terra e, enquanto faziam o trabalho, os animais iam comendo as pontas das videiras. Conclusão: a produção destes agricultores era muito maior! A partir daí todos começaram a podar, não com a boca dos burros mas sim com as tesouras.
  • Entrevistador: deduz-se então que, além de ser uma arte, qualquer burro pode ser podador!!!

quarta-feira, 25 de março de 2015

Lavadeiras

Estes tanques situados por detrás da fonte da Moita, foram as grandes máquinas de lavar dos anos 50 e, pelos vistos, ainda  há quem as utilize. Prova-o esta foto tirada hoje, 25 de Março de 2015! Senti vontade de os ver e recordar aquele tempo. Hoje é um espaço reduzido e encurralado entre vários edifícios mas, outrora, à sua volta, existiam areal e canteiros de jardim. Era sobre esses canteiros que as lavadeiras estendiam as roupas para as secar e corar ao sol. Para uma criança, o recinto era um espaço enorme e como todos os tanques estavam sempre ocupados, a algazarra das mulheres era indescritível, ou, se o quisermos descrever, talvez possamos dizer que não diferia muito do que é hoje, por exemplo, o mercado da ribeira. Mas, como era espinhoso aquele trabalho das lavadeiras!... ensaboar a roupa, batê-la na pedra, torcê-la, enxaguá-la, voltar a torcer! Enquanto isso, os filhos brincavam num areal que havia ao lado, mas sempre vigiados. Terminado o trabalho, punham uma rodilha sobre a cabeça e sobre a rodilha o alguidar de barro cheio de roupa. A filharada atrás, corria e saltava como passaritos, inconscientes das agruras da vida de uma mãe!

sexta-feira, 20 de março de 2015

Alhos e bugalhos

Quando calcorreamos os carreiros das poucas áreas de mato virgem que ainda vão sobrevivendo, deparamos por vezes com estas “moradias” de vespas a que damos o nome de bugalhos. Deles se recordam os mais idosos que os usavam quando crianças para jogar ao berlinde, antes de aparecerem os de vidro multicoloridos. As vespas depositam os seus ovos nos ramos de certas árvores da família do carvalho, sobreiro e azinheira e sobre eles se formam esses esféricos casulos em cujo interior ocorrerão as diversas metamorfoses da vespa, até se transformar num inseto adulto.
Vão-se encontrando também, ainda, as urzes, a carqueja, os medronhos, os murtinhos e muitos cogumelos. Quanto a estes, cuidado, nunca confundir alhos com bugalhos!!!

sexta-feira, 13 de março de 2015

Rico

Jesus disse até com graça
para quem o quis ouvir:
É mais fácil um camelo
por uma agulha passar
do que a rico a gente vê-lo
no reino de Deus entrar!
Mas ser rico não tem mal
tem mal é o preconceito
que se vê naquele jeito
de olhar um desigual!


segunda-feira, 9 de março de 2015

Onde já vi isto?

Reza a história que, em 1939, era Frank o Governador geral da Polónia, recebeu este de Hitler, uma carta com os seguintes lindos disparates:
Os polacos nasceram para executar trabalhos grosseiros. Não se trata de melhorar a sua sorte. É indispensável manter um nível de vida muito baixo na Polónia e impedir que se eleve. Os polacos são preguiçosos e é preciso empregar a violência para os fazer trabalhar!”
Depois disto, o sr Frank dirige-se aos exércitos alemães na Polónia:

A única maneira de administrar a Polónia consistirá em explorar o mais possível este país, tomando-lhe todos os produtos alimentares, as matérias-primas, as máquinas, as instalações industriais, etc..., necessárias à economia de guerra alemã, em assegurar todas as categorias de trabalhadores necessários para os enviar para a Alemanha, em reduzir o conjunto da economia polaca ao mínimo absolutamente indispensável à simples sobrevivência da população, em fechar todas as instituições culturais, em particular as escolas e os colégios técnicos, afim de impedir a formação de uma nova elite polaca. A Polónia será tratada como uma colónia; os polacos tornar-se-ão os escravos do Grande Reich Alemão.” 

sábado, 7 de março de 2015

Tiro ao arco

Todos nós sabemos bem
 de tantos que escrevem mal
quem põe há, lembre que tem
um Agá inicial!

Eu hei, tu hás, ele há
Nós havemos, vos haveis, eles hão.

Nunca digas façarei
nem nós somos cidadões
em terra de cegos Rei
é quem rouba mais milhões!

terça-feira, 3 de março de 2015

Curiosidades

Passos Manuel, ministro em várias ocasiões, ainda nos tempos da monarquia, marco importante no ensino em Portugal com a criação de liceus , conservatórios e academias de arte e de ofícios, pode e deve ser considerado uma figura notável. Foi precisamente para as figuras mais notáveis deste país que ele mesmo, em 1836, decretou a edificação de um Panteão Nacional. Esse mesmo Panteão onde, passados mais de 150 anos após a sua morte, ainda não teve lugar. Vai ter lugar sim e com aprovação de todos os grupos parlamentares da Assembleia da República, o corpo de um futebolista que apenas há um ano faleceu! Nota-se como os nossos deputados são cuidadosos quando se trata de amealhar votos!

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Profetas e...

Profecias
Merlin, Nostradamus, São Malaquias, Rasputin, Edgar Cayce e outros de menos nomeada, já fizeram previsões sobre acontecimentos já passados e que mais ou menos foram relacionados com essas previsões. Alguns acontecimentos previstos, entretanto não se concretizaram e outros não se sabe se alguma vez terão lugar. Sobre o que li desses mensageiros do futuro, o que mais me impressionou foi Rasputin que, além de ter previsto as duas grandes guerras mundiais, avançou o seguinte:
Arrastar-se-ão ao longo dos caminhos da Europa três serpentes esfomeadas e pelos lugares por onde passem, não restará mais do que cinza e fumo. A sua pátria será a espada e sua lei a violência... e quando os longos tempos acabarem, três novas serpentes voltarão a arrastar-se pelos caminhos da Europa, mas desta vez a erva não voltará a nascer sobre a terra marcada.

Há nesta parte final uma clara alusão ao nuclear. Quanto às serpentes, quem serão? Estados Unidos, China e Rússia? - Quem estiver verá!

domingo, 18 de janeiro de 2015

Irracionais?

Um gato “vadio”, salvou a vida de um bébé de pouco mais de dois meses, abandonado junto a um contentor de lixo de um prédio em Moscovo. Foi descoberto por um morador quando descia as escadas. Segundo esse morador, o gato não parava de lamber as mãos e o rosto da criança. Toda a gente afirma que o bébé não teria resistido ao frio, não fora o gato o ter protegido com o seu calor. Mesmo quando chegou a ambulância o animal não queria abandonar o bébé e acompanhava com o olhar tanto a criança como todos os movimentos dos médicos!
(retirado do jornal "Parisien" hoje de um facto revelado pela televisão russa