sábado, 26 de dezembro de 2015
terça-feira, 22 de dezembro de 2015
terça-feira, 17 de novembro de 2015
Batoteiros
Dizem
alguns que o cenário recentemente criado na Assembleia da República,
é consequência de uma falta de ética política por parte do
Partido Socialista. Esses mesmos parece já terem esquecido o sem
número de faltas de ética cometidas ao longo destes últimos quatro
anos, pela coligação de direita: Tentativa de alterar o modo de
designação de juízes para o Tribunal Constitucional só porque
este lhe cortava as “vasas”; Tentativa de mudar a lei da greve só
porque os professores resolviam fazer greve quando não convinha à
coligação, etc...E agora, pasme-se, pede uma revisão da
Constituição, tal como um garoto batoteiro que perdeu o jogo e
tenta a todo o custo baralhar e dar cartas de novo para ver se ganha!
É tão ridículo, que até parece impossível que esteja a
acontecer! Afinal, quem é que tem sede de poder? O que quer ser
governo tendo agido segundo as regras da Constituição ou o que não
quer sair porque, “democraticamente” acha que só eles têm
direito a ser governo? Faz-me isto lembrar também um caso recente no nosso
futebolzinho!
quinta-feira, 12 de novembro de 2015
3 quadras
3
quadras de Aleixo
Os
que vivem da grandeza
Dizem,
vendo alguém subir:
Há
que manter a pobreza
P´ra
grandeza não cair.
Pobres,
p´ra que nascem eles?
É
fácil de compreender:
Nascem
p´ra escravos daqueles
Que
podem fugir de o ser.
Entre
grandes e pequenos
Ficávamos
quase iguais,
Dando
a uns um pouco menos
E
a outros um pouco mais.
terça-feira, 10 de novembro de 2015
Tempos Shaub Lorenz
A
gripe asiática. Escolas e colégios em todo o país, foram
encerrados. Então, a rádio era a companhia de acamados e não só.
Possuir um rádio nessa altura era um luxo e, tal como hoje os
televisores, eram comprados a prestações pelas famílias mais
humildes.
Do
que trazia as pessoas presas ao rádio, lembro-me dos folhetins da
Emissora Nacional e do Rádio Clube Português. Com que devoção
famílias inteiras ficavam de ouvidos colados aos aparelhos! O
fascínio de “ver” através do som. Do Rádio Clube Português
ficou-me o som do teatro Tide que não acompanhava mas da Emissora
Nacional, recordo bem o som, a “imagem” e o enredo de uma
fabulosa odisseia chamada “As minas de Salomão”.
Os
relatos de futebol, aos domingos à tarde, sempre à mesma hora, nas
vozes espetaculares de Artur Agostinho ou Amadeu José de Freitas,
sempre antecipados de quinze minutos de marchas militares.
A
volta a Portugal em bicicleta que arrastava multidões para a beira
das estradas para verem grandes nomes como Alves Barbosa, Ribeiro da
Silva, Sousa Cardoso, João Roque, Américo Raposo, Peixoto Alves e
Joaquim Agostinho entre outros.
Os
discursos do dr Salazar e ainda as mensagens de Natal dos soldados em
Goa, Damão e Diu e mais tarde dos da Guiné, Angola, Moçambique e
Timor. Portugal era enorme e tudo era a bem da nação!
Coisas
que o tempo leva!...
sábado, 7 de novembro de 2015
Atarantados
No
tempo de Salazar, o regime inculcou no espírito dos portugueses a
ideia de que os comunistas comiam crianças ao pequeno almoço, mesmo
as crianças daqueles que não tinham crianças. Hoje, o povo sabe
que o regime de agora, embora não coma as crianças, come a papa das
crianças e dá-a aos mercados e aos “familiares” dos mercados! O
povo quer mudar. Não sabe bem como, porque alguns partidos em quem
confiava para a mudança, estão cheios de “ASSIStidos” pelos
mercados, alguns até “AMADOS”! Então, na confusão que por aí
vai, alguns, como Vanzeler, dá-se ao luxo de, em nome dos 10% de
empresários que representa, (aqueles que viajam com o presidente
para todo o lado), falar em nome dos 90% de micro-pequenos e médios
empresários, cujo único interesse é que o Estado não lhes
complique a vida mais do que ela já está por serem pequenos. Os
abutres andam no ar, apavorados, com medo que alguém toque na sua
“carne”.
segunda-feira, 19 de outubro de 2015
Carrancas salazarentas
Hoje
entrei em quatro repartições públicas. Em duas delas fui bem
atendido mas nas outras duas por sinal onde fui primeiro, sofri um
choque como se tivesse sido transportado aos tempos de Salazar,
quando qualquer pindérico “espezinhava” quem a ele estivesse
subordinado. Estas duas mulheres, com tanta clarividência me fizeram
sentir nos tempos de Salazar que me veio logo à memória aquele
instrutor militar que nas ruas da Moita esbofeteava o soldado, sempre
que este manobrava o veículo de maneira deficiente. Pindérico
instrutor que uns olhos de criança fotografaram há muitos anos e
que, de vez em quando, a memória ainda revela! Portanto, mulheres
pindéricas estas duas que conheci hoje. Almas fora do tempo.
Fantasmas velhos do Estado Novo!
Não
sei de que partido são fantasmas e nem importa. Há lixo em todos os
partidos. Uma coisa é certa:
Todos
os funcionários que vivam com o rei na barriga, deviam ser
privatizados ou exportados para uma qualquer despótica monarquia.
terça-feira, 6 de outubro de 2015
segunda-feira, 5 de outubro de 2015
Cabazadas
Hoje
fui dar uma volta ao “bilhar grande”, um espaço cedido pelo
jornal Record a um senhor que me pareceu apresentar graves sintomas
de azia. Não conhecia o espaço, muito menos o seu dono, pois não
sou leitor fiel do Record. Pelos vistos, tenho evitado muitos
aborrecimentos.
No
dia imediatamente a seguir a uma retumbante vitória do Sporting por
5-1, sobre o Guimarães, que mantém os leões no 1º lugar do
campeonato, o escrevinhador do bilhar, não teve mais nada para expor
do que um chorrilho de disparates sobre a instituição Sporting
Clube de Portugal, o seu presidente, os seus sócios, o jogador
Carrilho e a prestação do clube nas provas da Uefa. Só o jogador
referido não é atacado. O problema do bilhar grande é o Sporting!
Um jogador que anda há x anos a passear em Alvalade e que, de
repente, no ano em que acaba o contrato, decide começar a jogar,
não, esse não merece reparos! O Sporting devia até mandar
erguer-lhe uma estátua!
Só
para terminar e mostrar como ,na realidade, o problema do bilhar
grande é o Sporting, destaco a forma “elegante” como se refere
ao clube sobre a sua prestação na Liga dos Campeões e na Liga
Europa:
quarta-feira, 30 de setembro de 2015
sábado, 26 de setembro de 2015
Que produto acabado?
Não
importa que matem os golfinhos e as baleias: faremos imitações em
plástico quando quisermos mostrar às crianças do futuro como eram
esses maravilhosos animais; Não importa que morram as abelhas e as
borboletas que vão levando em suas patitas sob a forma de gotas de
Roundup a sua própria morte : ficamos com as couves, os pepinos os
tomates e todos os legumes envenenados com a nossa morte lá dentro e
podemos não os comer; Não importa que subam as águas dos oceanos:
ficamos com praias no interior e toda a gente a ver o mar; Não
importa que a Síria acabe: ficamos com a Síria dentro de nós e com
menos gente a mandar no petróleo; Não importa que apodreçam
cadáveres no fundo do Mediterrâneo: não bebemos essa água; Não
importa, enfim, que o Homem pense. Tudo já foi pensado: a facilidade
com que hoje em dia se cortam cabeças, diz tudo! O Homem está a
ser transformado em “matéria prima” na fábrica do capital!
Veremos que monstro sairá o produto acabado!
sábado, 19 de setembro de 2015
Às vezes um anjo...
Moatize,
zona de Tete, Moçambique. Era domingo e havia uma estranha calma no
aldeamento daquela central de asfalto onde eu tinha a meu cargo a
parte administrativa. O ar estava abafado...pesava e não havia sol.
Nuvens escuras cobriam tudo. A casa onde vivia era bonitinha, toda de
madeira e o telhado constituído por chapas de zinco ou algo do
género. Achava-a muito grande.
Nos
dias em que a central estava parada como naquele domingo, eu gostava
de dormir a sesta, no entanto, algo me puxava para sair. Como no
lugar nem um café havia, pensei ir até ao escritório onde tinha
uma máquina de escrever e me podia entreter. O escritório era um
apartamento retangular, todo em alvenaria e bastante confortável.
Ficava logo do outro lado da estrada, a caminho da central. Para lá
me dirigi então. Foi só atravessar a estrada. Mal acabei de abrir a
porta do escritório começo a ouvir trovões, o vento a uivar e
quase em simultâneo, uma chuva impiedosa a crivar o solo de buracos
como se caíssem balas do céu! Relâmpagos, trovões, cenário
dantesco.
Apesar
disso estava tranquilo. Estava no local mais seguro do acampamento.
Ali passei uma parte da tarde entretido enquanto durou a tempestade.
E digo enquanto porque logo que a mesma terminou, apareceu o Artur,
filho de um funcionário dos caminhos de ferro que ali vivia. Entrou
a correr e puxou-me pela mão dizendo que precisava ir ver uma
coisa. Fechei o escritório e fui. Como a minha casa ficava quase à
beira da estrada principal, nem precisei mais das explicações do
miúdo. A minha casa estava com uma cara muito estranha, ou melhor,
meio despenteada: Umas chapas na vertical, outras fazendo “ésses”
e algumas outras apontadas ao chão. Entrei e nem queria acreditar.
Uma barra de ferro com um bloco de cimento agarrado, tinha furado o
colchão da minha cama exatamente no centro. Tinha ali um quarto a
céu aberto pois quase todas as chapas tinham ido com o vento. Ao ver
o miúdo triste a olhar para mim comecei-me a rir e logo ele também.
Olha do que eu me safei! -disse. Felizmente, perto daquela havia uma
casa vaga e, embora muito mais pequena, era muito engraçada. Mudei
logo para lá. Fora as graças, só hoje é que penso a sério no que
aconteceu. Naquele domingo não fui à missa, tal como não ia nos
outros, mas um anjo me pegou pela mão e levou para um local seguro.
Depois, um outro anjo me pegou pela mão e me levou a ver...o quê?
O castigo... a salvação? - Não sei! Só sei que às vezes há
anjos que nos pegam pela mão!
sábado, 5 de setembro de 2015
Maçã estrela
Foi
partilhado por alguém há pouco tempo, no Facebook, um vídeo que
nos alertava para o perigo de se comerem as maçãs reluzentes que se
vão vendendo aí pelos supermercados. Atendendo ao demonstrado, não
há dúvida que é mesmo perigoso. Por acaso o brilho dessas maçãs
nunca me enganou e sempre comprei aquelas mais feias e com cara
enjoada como a minha. Geralmente essas são as maças portuguesas.
Apesar do alerta, acho que não devemos virar costas a tão belo
fruto que é a maçã mas aquela que não se pinta demasiado! Parece,
segundo um outro vídeo que me foi sugerido no meu canal do YouTube,
que a grande riqueza da maçã até está lá dentro, mais
precisamente nas sementes. Vou continuar a comer as maçãs simples e
sem brilho, lavando bem a casca mas vou também começar a comer as
sementes, ou melhor, já comecei e posso dizer que gosto. Sabem
precisamente a amêndoa amarga. Outra coisa que gosto na maçã e me
intriga, é aquele seu centro onde se alojam as sementes, com a
forma de estrela !
quarta-feira, 2 de setembro de 2015
Hiroshima, meu amor!
Em
território espanhol, junto à fronteira, entre os distritos de
Castelo Branco e Portalegre, existe uma coisa já designada de bomba
relógio pela Quercus e que é nada mais nada menos do que a
central nuclear de Almaraz. Consta que, num recente teste de
resistência, a dita central chumbou porque, além de estar
completamente obsoleta, não dispõe de um tipo de válvulas que a
existirem, evitariam casos como o de Fukushima que também as não
possuía.
O
texto que fica para trás, é um resumo do que acabo de ler no jornal
“Novo Almourol”. O que segue é prosa da minha lavra:
O
sr Mariano do país vizinho, que, cada vez que fala, só sabe dizer
que a Espanha é o país com a economia que mais cresce na zona euro,
não podia deixar de olhar tanto para o seu umbigo e lançar uma
“mirada” para a sua economia que apodrece? Vila Velha de Ródão,
é a primeira localidade portuguesa a ser “lambida” por um Tejo
que, sabe-se lá, que alma trás de Almaraz! Afeta Portugal. Então
era interessante saber se o sr Passos de cá, tem dado alguns passos
no sentido de fazer ver isso aos de lá e de os
convencer a cumprir regras que parece até já existem na União
Europeia.
Parabéns
ao jornal NA por abordar assuntos tão importantes como este.
quarta-feira, 26 de agosto de 2015
Português...mente!
Num país onde tão mal de fala e escreve o português, soa muito estranha essa moda de alguma gente benfiquista em fazer humor com os deslizes linguísticos que uma certa figura pública comete, muitas vezes debaixo de enorme pressão e nervosismo. Gozam e depois escrevem assim os comentários que, doutoralmente, fazem nas redes sociais. Eis alguns:
1:
isto
foi a repetição e foram muitas kkkkkkkkk mas o problema e que o
arbito para compensar a mao do jogador do tondela foi conpesar o
Sporting com este lance o que e ainda mais grave
2:
Estas
perguntas não teem fundamento,qual é o Befiquista que iria diser
não a um dos melhores latrais do mundo?
3:
Olha
uma cena senhor dias ferreira, e se foses indireitar bananas pá
india com todus akeles ke te apoiao, tinha vergonha de traser assim
um tricko onde dis Scp, meu deus ajuda esta gent, e mostralhes o
caminho ke os levara a flicidade, e alegria Gloriosu SLB,
4:
Nem
me importava que ganha-se o campeonato só com portugueses.. Sendo eu
benfiquista...
5:
Só
sucata cambada de nabos pençavam que era o Jesus que ia ganhar
jogos...
6:
Fazem
uma primeira parte de merda e agora a culpa é do árbitro? Fosgasse,
ganhem vergonha de culpar sempre os árbitros. Ja cança
Estes foram apenas alguns molhos de calinadas que colecionei. E vou-me divertindo a ler estas pérolas!
terça-feira, 18 de agosto de 2015
Curiosidades
Sportinveste Multimédia
13 Fevereiro 2009.
Segundo esta fonte e na data
referida,
Os espanhóis
Barcelona e Real Madrid, lideravam o “ranking” de popularidade de
clubes na Europa, apesar da aproximação dos ingleses do Manchester
United, segundo uma empresa de marketing alemã. De acordo com a
segunda edição do “Top 20 de futebol” da Sport+Markt, dedicado
à época 2008/2009, o Manchester United somava 37,5 milhões de
adeptos, ocupando a terceira posição, logo atrás de Barcelona e
Real Madrid com 44,2 milhões e 41 milhões respetivamente. Em quarto
lugar figurava o Chelsea, com 25,6 milhões de adeptos. Quanto aos
portugueses, aparecia o Benfica na 32ª posição, o Porto na 44ª e
o Sporting na 47ª totalizando os 3 juntos 6,6 milhões de adeptos!
Curiosamente,
foi mais ou menos a partir desta data que comecei a ouvir falar em 6
milhões de benfiquistas!!!
Dado que os
clubes aqui referidos continuam todos a ser grandes clubes, acredito
que a situação não se deve ter alterado significativamente. Então,
por favor, haja mais humildade!
quinta-feira, 13 de agosto de 2015
Quadro impulsivo
Li
num cantinho do jornal “O Mirante” a notícia de que um jovem de
21 anos, foi detido por ter ateado um fogo em Rio Maior, no passado
mês de Julho. Segundo a P.J. O indivíduo agiu “num forte quadro
impulsivo” e foi-lhe aplicada a pena de ter de se apresentar,
quinzenalmente, às autoridades e de ter de se sujeitar a
acompanhamento psiquiátrico.
Mas
que castigo mais cruel!!! Então, não veem que um “menino” de 21
anos ainda não sabe o que faz? Que os quadros impulsivos são muito
fortes?
Sarcasmos
à parte, acho que deveria existir um registo de incendiários, com
ou sem quadros impulsivos e todos os anos, antes de começar o
espetáculo que eles tanto apreciam, recolhê-los em locais onde os
impulsos não causassem estragos!
quarta-feira, 5 de agosto de 2015
A ajuda dos lacaios
Como na Roma antiga, os lacaios se ajoelham para os donos disto tudo subirem e cavalgarem no poder!
Parece que os poderosos sempre conheceram a "arte de cavalgar toda a sela".
(Esta imagem aparece no filme "Roma" mas eu, depois de editá-la, descobri que na pata esquerda da frente do cavalo, há umas figuras muito estranhas!)
sexta-feira, 31 de julho de 2015
domingo, 26 de julho de 2015
Pontapés
Acho
graça a certa gente que tanto goza os outros por erros dados quando
falam ou escrevem o português!!! Em Portugal, o sr Jesus, desde que virou costas às hostes encarnadas, passou a ser o alvo de muitos humoristas despeitados. Parece que é o único cidadão que dá pontapés na gramática!
Todos damos, meus senhores! Pessoas comuns, jornalistas e até presidentes da
República!
Não
é preciso correr muito para encontrar calinadas como estas:
supônhamos
que ele não sai do Benfica;
O
sportimg não ganha á 12 anos;
desejo
te as mais felicidades;
aquando
da caimbra;
PONHÃO
SÓ FILMES DE PANCADARIA E K NÃO TEM NADA AA MOSTRAR AOS + JOVENS;
conferencia
de empresa;
etc,etc,etc.
sexta-feira, 24 de julho de 2015
Cuidado
Ouvi
esta noite, numa estação de rádio do país vizinho, que já voam
pelos céus alguns falsos insetos
armados
em drones. Temos que nos por a pau! Ainda há poucos dias, entrou-me
em casa um pequeno besouro mas teve azar pois vinha com tal
velocidade e a fazer tal barulho que me chamou a atenção e, com o
mata-moscas, tirei-lhe logo todas as veleidades de me fazer
espionagem! Mas olhem que isto está perigoso. Nem o George Orwell se
lembrou de tal!
quinta-feira, 23 de julho de 2015
sábado, 18 de julho de 2015
Dó, ré, mi
Tive
um professor de música que usava saia e que era muito forte a bater as palmas e a bater nas faces dos seus alunos. Quando cantava e nos
fazia cantar, punha-se em bicos de pés e as suas mãos desenhavam
vigorosos compassos! Quando batia com a régua (Sta Luzia), usava o
compasso binário; quando dava bofetadas, acho que usava o ternário!
Havia notas no ar mas não havia nenhum dó! Era uma figura castiça, de quem já não lembro o nome. Lembro-me sim que, graças
a ele, acabei por nunca entender a razão de uma breve ser tão longa
e as fusas e semifusas serem tão breves!
sexta-feira, 17 de julho de 2015
Pois, bois.
“Tendes
visto um guardador de cabras à frente do seu rebanho, conduzindo com
acenos e assobios todas as barbudas cabeças daquele regimento
quadrúpede? Pois vistes o mais perfeito símile da cena que se
presenciava agora no adro da igreja matriz.
O
povo, o povo soberano, que naquele dia tinha nas mãos o ceptro da
sua soberania, não era menos dócil do que os irracionais que
recordamos.
Não
é semelhante esta força inconsciente do povo à do boi robusto e
válido, que uma criança dirige e subjuga? Forte como ele, como ele
dócil, como ele laborioso, como ele útil, não vê que a mesma
força que emprega no trabalho lhe poderia servir para repelir o
jugo. Ou, quando o vê, é quando o desespero e a fúria o cegam e o
impelem a revoltas tremendas.”
(excerto de “A morgadinha dos
canaviais” de Júlio Dinis)
Nota: quando Júlio Dinis escreveu isto ainda não havia acordo!
Nota: quando Júlio Dinis escreveu isto ainda não havia acordo!
segunda-feira, 13 de julho de 2015
Desprezar é vandalizar!
Este
pináculo caiu da torre do antigo convento da Trindade em Santarém,
em meados do último Junho. Soube-o pelo jornal “O Mirante”
donde retirei a foto. A mesma foto é acompanhada de um breve texto
em que, além de outras coisas, se diz que, felizmente, não houve
vítimas. Diz-se ainda que alguém perguntou se a torre tem sido
monitorizada. E agora eu, armado em crítico, se bem que de meia
tigela, pergunto: e se fosse alguém a
passar ou houvesse ali crianças a jogar ao berlinde? E, para
terminar, pergunto só mais uma coisa: valia a pena perguntar se a
torre tem sido monitorizada? Então não se vê logo pelo aspeto do
passeio e daquelas ervinhas? Realmente, nisto de destruir património
cultural, somos mais eficazes do que os jihadistas que esses ainda se cansam
a dar marretadas lá para os lados da antiga Babilónia! Nós aqui é
só deixar andar e está feito!!!
sábado, 11 de julho de 2015
sexta-feira, 10 de julho de 2015
Dinheiro falso
O
dinheiro é todo falso! Basta repararmos no fenómeno das bolsas: Se
os donos do dinheiro ficam contentes quando há sol na Grécia, as
cotações sobem imediatamente desde Nova York até ao Japão; se na
Grécia chove e há alguma tempestade, logo os donos do coiso
entram em pânico e o que ontem valia 1€ hoje vale apenas 050€.
Isto parece querer provar pura e simplesmente que o dinheiro não
vale aquilo que vale!, ou seja, é falso! Ah, e quando dizem que os
mercados são muito sensíveis, querem dizer que são é muito
ladrões!
quinta-feira, 11 de junho de 2015
Acordo
Como se escreviam algumas
palavras em 1908:
Official,
arithmetica, systema, augmentar, fallada, escripta, signaes, logar,
deante, elles, occupar, collocar, somma, addição, despeza,
parcella, columna, egualar, producto, iguaes, anno, alumnos, sahidos,
pae, fallecer, sciencias, promptidão.
Sendo
assim, haverá tanta razão para protestar o novo acordo?
- Há coisas esquisitas de fato, por isso eu próprio , que sei bem que nada sei, até concordo com quem discorda porque, de facto, às vezes não sei com que fato hei-de vestir certas palavras! Irra, cágado cagado?
terça-feira, 5 de maio de 2015
John Steinbeck
(excerto da obra de John Steinbeck: “
a um deus desconhecido”)
O inverno chegou cedo nesse ano.
Três semanas antes do dia de Graças, as tardes avermelhavam-se nas
serranias do lado do mar e o vento desabrido varria o vale e passava
a noite a cantar nas esquinas da casa, fazendo bater as cortinas das
janelas. Pequenos remoinhos de vento atiravam nuvens de folhas e
poeira pela estrada fora, como soldados em marcha. Os melros
reuniam-se e voavam em grupos para longe e as pombas lamentosas
pousavam nas sebes por algum tempo e depois desapareciam por uma
noite. Todo o dia os bandos de patos e gansos passavam lá em cima a
voar alto, apontados infalivelmente para o sul; e ao escurecer
gritavam cansados, a procurar um brilho de água onde pudessem
repousar durante a noite. A geada tomou posse do Vale de Nossa
Senhora, queimando os salgueiros até ficarem amarelos e os
noveleiros encarnados.
Havia no céu e na terra
preparativos apressados. Os esquilos trabalhavam freneticamente nos
campos, armazenando nos subterrâneos da comunidade dez vezes mais
alimentos do que precisavam, enquanto à boca das tocas, os avós
grisalhos soltavam guinchos agudos e dirigiam a colheita. Os cavalos
e as vacas perdiam a pelagem luzidia que se tornava áspera com o
pelo novo do inverno; os cães faziam covas pouco fundas para
dormirem protegidos contra os ventos rasteiros.
E, apesar da atividade, por todo o
vale pairava uma tristeza como a neblina azul e esfumada sobre as
montanhas. A salva estava preta. Os carvalhos deixavam cair folhas
como a chuva e, apesar disso, continuavam revestidos de folhagem.
Todas as noites o céu ardia sobre o mar e as nuvens acumulavam-se e
estendiam-se, atacando e recuando como a treinar-se para o inverno.
terça-feira, 28 de abril de 2015
sexta-feira, 17 de abril de 2015
Histórias resumidas
Uma
fuga da escola, leva meaulnes a cair num lugar fantástico onde
encontra uma linda rapariga por quem se apaixona: Ivone Galais, assim
se chamava. Nesse lugar preparava-se uma boda de casamento do irmão
dessa rapariga com uma outra que com ele havia de chegar ao lugar.
Esse irmão de Ivone chamava-se Frantz. Entretanto, este acabou por
regressar só, porque a rapariga com quem ia casar, Valentina,
desistiu à última hora, não tendo sequer comparecido ao encontro
conforme combinado. Ficaram, portanto, sem efeito , as grandes
celebrações que estavam preparadas e os convidados foram saindo aos
poucos do lugar. Meaulnes, que não tinha sido convidado por ninguém
que havia comido e dormido como um convidado qualquer e, antes que o
denunciassem, aproveitou uma boleia e regressou a casa para
continuar os estudos, levando, contudo, Ivone no coração. Frantz,
arruinado psicologicamente, abandonou também o lugar, sem ao menos
se despedir dos familiares. Pelo que se apurou depois, juntou-se a um
bando de saltimbancos que davam espetáculos em diversos lugares.
Frantz e Meaulnes não se conheciam. Cruzaram-se uma época na mesma
escola e tornaram-se amigos. Frantz sempre com Valentina no
pensamento e Meaulnes ansioso por voltar a encontrar-se com Ivone
Galais. Entretanto, passara-se muito tempo e quando Meaulnes voltou
ao lugar já não encontrou Ivone. Soube que se tinha mudado e que
costumava ir passar férias a Paris. Tendo rumado a Paris, encontrou
a casa onde Ivone costumava habitar mas esta não dava sinais de
vida. Travou conhecimento com uma certa rapariga que deambulava por
Paris e passou a conviver com ela. Depois de várias idas a Paris
acabou por desesperar de encontrar a sua amada e voltou para a sua
localidade. Antes de conhecer Frantz, Meaulnes tinha como seu maior
amigo Francisco Seurel. Foi este que, enquanto Meaulnes andava por
Paris que, através de uns tios, descobriu o paradeiro de Ivone.
Então levou o amigo até ela. Começou para Meaulnes e Ivone um
curto período de felicidade: casaram. Pouco depois, porém, Meaulnes
que, nos contactos com Valentina se tinha apercebido que ela era a
tal noiva que tinha feito do seu amigo Frantz, o jovem mais infeliz
deste mundo, disse a Ivone que tinha de fazer uma viagem, uma viagem
cujo objetivo a ninguém revelou. Eram os remorsos que o levavam por
sentir que era feliz e que um seu amigo era infeliz e estava à beira
do suicídio. Tendo ouvido dizer que o grupo de Frantz caminhava
pelas estradas da Alemanha para aí se encaminhou e demorou demasiado
tempo. Acabou por encontrar Frantz e ir com ele ao encontro de
Valentina em Paris. Os três voltaram com ele para aquele lugar onde
um dia foi parar por casualidade , após uma dolorosa aventura.
Agora, porém, tudo estava diferente: Ivone tinha morrido, depois de
dar à luz uma menina. O pai de Ivone e Frantz também. Só uma filha
de meses o aguardava e o seu velho amigo Seurel. Tudo ia começar de
novo. (Sinopse da obra de Alain-Fournier "o grande meaulnes")
sábado, 28 de março de 2015
Boa casta
Hoje,
ouvi na rádio o seguinte diálogo:
(As
palavras como estão são minhas mas a essência é dos dialogantes,
sobretudo essa pérola do “tênhamos”!
- Empresário: A casta trincadeira preta faz com que tênhamos esta maravilha!
- Entrevistador: e a poda? É difícil, não?
- Empresário: a poda é uma arte. Sabia que as primeiras podas foram feitas por burros?
- Entrevistador: ai é?
- Empresário: pois. Antigamente alguns agricultores usavam os burros para puxar as charruas na preparação da terra e, enquanto faziam o trabalho, os animais iam comendo as pontas das videiras. Conclusão: a produção destes agricultores era muito maior! A partir daí todos começaram a podar, não com a boca dos burros mas sim com as tesouras.
- Entrevistador: deduz-se então que, além de ser uma arte, qualquer burro pode ser podador!!!
quarta-feira, 25 de março de 2015
Lavadeiras
Estes
tanques situados por detrás da fonte da Moita, foram as grandes
máquinas de lavar dos anos 50 e, pelos vistos, ainda há quem
as utilize. Prova-o esta foto tirada hoje, 25 de Março de 2015!
Senti vontade de os ver e recordar aquele tempo. Hoje é um espaço
reduzido e encurralado entre vários edifícios mas, outrora, à sua
volta, existiam areal e canteiros de jardim. Era sobre esses canteiros
que as lavadeiras estendiam as roupas para as secar e corar ao sol. Para
uma criança, o recinto era um espaço enorme e como todos os tanques
estavam sempre ocupados, a algazarra das mulheres era indescritível,
ou, se o quisermos descrever, talvez possamos dizer que não diferia
muito do que é hoje, por exemplo, o mercado da ribeira. Mas, como
era espinhoso aquele trabalho das lavadeiras!... ensaboar a roupa,
batê-la na pedra, torcê-la, enxaguá-la, voltar a torcer! Enquanto
isso, os filhos brincavam num areal que havia ao lado, mas sempre
vigiados. Terminado o trabalho, punham uma rodilha sobre a cabeça e
sobre a rodilha o alguidar de barro cheio de roupa. A filharada
atrás, corria e saltava como passaritos, inconscientes das agruras
da vida de uma mãe!
sexta-feira, 20 de março de 2015
Alhos e bugalhos
Quando
calcorreamos os carreiros das poucas áreas de mato virgem que ainda
vão sobrevivendo, deparamos por vezes com estas “moradias” de
vespas a que damos o nome de bugalhos. Deles se recordam os mais
idosos que os usavam quando crianças para jogar ao berlinde, antes
de aparecerem os de vidro multicoloridos. As vespas depositam os seus
ovos nos ramos de certas árvores da família do carvalho, sobreiro e
azinheira e sobre eles se formam esses esféricos casulos em cujo
interior ocorrerão as diversas metamorfoses da vespa, até se
transformar num inseto adulto.
Vão-se encontrando também, ainda, as urzes, a carqueja, os medronhos, os murtinhos e muitos cogumelos. Quanto a estes, cuidado, nunca confundir alhos com bugalhos!!!
sexta-feira, 13 de março de 2015
Rico
Jesus
disse até com graça
para
quem o quis ouvir:
É
mais fácil um camelo
por
uma agulha passar
do
que a rico a gente vê-lo
no
reino de Deus entrar!
Mas
ser rico não tem mal
tem
mal é o preconceito
que
se vê naquele jeito
de
olhar um desigual!
segunda-feira, 9 de março de 2015
Onde já vi isto?
Reza
a história que, em 1939, era Frank o Governador geral da Polónia,
recebeu este de Hitler, uma carta com os seguintes lindos disparates:
“Os
polacos nasceram para executar trabalhos grosseiros. Não se trata de
melhorar a sua sorte. É indispensável manter um nível de vida
muito baixo na Polónia e impedir que se eleve. Os polacos são
preguiçosos e é preciso empregar a violência para os fazer
trabalhar!”
Depois
disto, o sr Frank dirige-se aos exércitos alemães na Polónia:
“A
única maneira de administrar a Polónia consistirá em explorar o
mais possível este país, tomando-lhe todos os produtos alimentares,
as matérias-primas, as máquinas, as instalações industriais,
etc..., necessárias à economia de guerra alemã, em assegurar todas
as categorias de trabalhadores necessários para os enviar para a
Alemanha, em reduzir o conjunto da economia polaca ao mínimo
absolutamente indispensável à simples sobrevivência da população,
em fechar todas as instituições culturais, em particular as escolas
e os colégios técnicos, afim de impedir a formação de uma nova
elite polaca. A Polónia será tratada como uma colónia; os polacos
tornar-se-ão os escravos do Grande Reich Alemão.”
sábado, 7 de março de 2015
terça-feira, 3 de março de 2015
Curiosidades
Passos
Manuel, ministro em várias ocasiões, ainda nos tempos da monarquia,
marco importante no ensino em Portugal com a criação de liceus ,
conservatórios e academias de arte e de ofícios, pode e deve ser
considerado uma figura notável. Foi precisamente para as figuras
mais notáveis deste país que ele mesmo, em 1836, decretou a
edificação de um Panteão Nacional. Esse mesmo Panteão onde, passados mais de
150 anos após a sua morte, ainda não teve lugar. Vai ter lugar sim
e com aprovação de todos os grupos parlamentares da Assembleia da
República, o corpo de um futebolista que apenas há um ano faleceu!
Nota-se como os nossos deputados são cuidadosos quando se trata de
amealhar votos!
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
Profetas e...
Profecias
Merlin,
Nostradamus, São Malaquias, Rasputin, Edgar Cayce e outros de menos
nomeada, já fizeram previsões sobre acontecimentos já passados e
que mais ou menos foram relacionados com essas previsões. Alguns
acontecimentos previstos, entretanto não se concretizaram e outros
não se sabe se alguma vez terão lugar. Sobre o que li desses
mensageiros do futuro, o que mais me impressionou foi Rasputin que,
além de ter previsto as duas grandes guerras mundiais, avançou o
seguinte:
“ Arrastar-se-ão
ao longo dos caminhos da Europa três serpentes esfomeadas e pelos
lugares por onde passem, não restará mais do que cinza e fumo. A
sua pátria será a espada e sua lei a violência... e quando os
longos tempos acabarem, três novas serpentes voltarão a arrastar-se
pelos caminhos da Europa, mas desta vez a erva não voltará a nascer
sobre a terra marcada.
Há
nesta parte final uma clara alusão ao nuclear. Quanto às serpentes,
quem serão? Estados Unidos, China e Rússia? - Quem estiver verá!
domingo, 18 de janeiro de 2015
Irracionais?
Um
gato “vadio”, salvou a vida de um bébé de pouco mais de dois
meses, abandonado junto a um contentor de lixo de um prédio em
Moscovo. Foi descoberto por um morador quando descia as escadas.
Segundo esse morador, o gato não parava de lamber as mãos e o rosto
da criança. Toda a gente afirma que o bébé não teria resistido ao
frio, não fora o gato o ter protegido com o seu calor. Mesmo quando
chegou a ambulância o animal não queria abandonar o bébé e
acompanhava com o olhar tanto a criança como todos os movimentos dos
médicos!
(retirado do jornal "Parisien" hoje de um facto revelado pela televisão russa)
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