sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

O olival

O que eu vejo quando olho a imagem deste pequeno bairro familiar, não são as palmeiras nem o abacateiro, nem a casa branca e as amareladas. O que vejo é um olival que, aos olhos de uma criança, parecia extenso como o mar. Onde está a casa branca havia um tanque (a nossa piscina) e entre a palmeira maior e a casa branca, um poço que fornecia a água para o tanque e este, para a regadia. A princípio, a água era tirada do poço por um burrinho atrelado a uma nora de negros alcatruzes. Depois de reformado, por velhice, o animal foi substituído pelo motor a petróleo. Havia em quase toda a extensão do olival, inúmeras courelas com produtos a cuidar, como batatas, feijão- verde, cenouras, nabiças, etc. e a água chegava-lhes através de um circuito de regos que se abriam e fechavam à entrada de cada uma. Melões, melancias, abóboras, figos, laranjas, romãs, nêsperas, pêssegos, amêndoas e uvas, tudo ali havia no tempo certo. De todas as lidas, ao longo do ano, era o tempo da azeitona, o que despertava mais interesse nos mais pequenos. Limpar a azeitona, atirando-a ao ar com auxílio de uma pá e metê-la em sacos de serapilheira; depois, a chegada da carroça, ao fim do dia, para levar os sacos e a viagem que fazíamos, aos solavancos, pela estrada de terra muito esburacada, até ao lagar. É tudo isso que eu vejo e não o que todos veem agora quando passam. Eles, como aqueles passageiros do elétrico que circula numa rua da baixa de Lisboa, onde não veem as termas romanas que estão por baixo, apenas “veem o que veem” !    

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Pena à toa


  • Nos dias em que chove pouco, uma coisita de nada assim como borrifos, é como se alguém lá de cima, estivesse a sacudir uma peça de roupa molhada.
  • Quando estamos tristes, sem saber bem porquê, parece que nos falta a parte de dentro!

Um patrão que nos mói
que não larga do pé
é uma espécie de boi
que só marra e não vê!


  • Na Venezuela, o governo caíu de maduro.
  • Em França, uma pen foi ligada ao sistema! A seguir Ollande passou um antivirus chamado Sarkozi que, vendo bem, não passa de uma espécie de cavalo de Tróia!
  • Em Novembro de 2015 mudaram as portas e ouviram-se passos a sair do parlamento português.
Numa aldeia de Trás-os-Montes, é tradição no dia reis pôr as crianças todas a fumar! Olha se a tradição fosse pôr outras coisas na boca, que vergonha ia ser! Mas, as crianças, senhores, porque lhes dais tanta dor?!
Não sendo tradição minha, de vez em quando mato uma mosca e lanço o cadáver no lixo mas depois fico chateado, parece que fico com a mosca! É que elas maçam, mas não fazem mal a uma mosca!