terça-feira, 17 de novembro de 2015

Batoteiros

Dizem alguns que o cenário recentemente criado na Assembleia da República, é consequência de uma falta de ética política por parte do Partido Socialista. Esses mesmos parece já terem esquecido o sem número de faltas de ética cometidas ao longo destes últimos quatro anos, pela coligação de direita: Tentativa de alterar o modo de designação de juízes para o Tribunal Constitucional só porque este lhe cortava as “vasas”; Tentativa de mudar a lei da greve só porque os professores resolviam fazer greve quando não convinha à coligação, etc...E agora, pasme-se, pede uma revisão da Constituição, tal como um garoto batoteiro que perdeu o jogo e tenta a todo o custo baralhar e dar cartas de novo para ver se ganha! É tão ridículo, que até parece impossível que esteja a acontecer! Afinal, quem é que tem sede de poder? O que quer ser governo tendo agido segundo as regras da Constituição ou o que não quer sair porque, “democraticamente” acha que só eles têm direito a ser governo? Faz-me isto lembrar também um caso recente no nosso futebolzinho!

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

3 quadras

3 quadras de Aleixo

Os que vivem da grandeza
Dizem, vendo alguém subir:
Há que manter a pobreza
P´ra grandeza não cair.

Pobres, p´ra que nascem eles?
É fácil de compreender:
Nascem p´ra escravos daqueles
Que podem fugir de o ser.

Entre grandes e pequenos
Ficávamos quase iguais,
Dando a uns um pouco menos
E a outros um pouco mais.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Tempos Shaub Lorenz

Olhar este aparelho, traz-me à memória, alguns factos já passados no caudal do rio que é o tempo:
A gripe asiática. Escolas e colégios em todo o país, foram encerrados. Então, a rádio era a companhia de acamados e não só. Possuir um rádio nessa altura era um luxo e, tal como hoje os televisores, eram comprados a prestações pelas famílias mais humildes.
Do que trazia as pessoas presas ao rádio, lembro-me dos folhetins da Emissora Nacional e do Rádio Clube Português. Com que devoção famílias inteiras ficavam de ouvidos colados aos aparelhos! O fascínio de “ver” através do som. Do Rádio Clube Português ficou-me o som do teatro Tide que não acompanhava mas da Emissora Nacional, recordo bem o som, a “imagem” e o enredo de uma fabulosa odisseia chamada “As minas de Salomão”.
Os relatos de futebol, aos domingos à tarde, sempre à mesma hora, nas vozes espetaculares de Artur Agostinho ou Amadeu José de Freitas, sempre antecipados de quinze minutos de marchas militares.
A volta a Portugal em bicicleta que arrastava multidões para a beira das estradas para verem grandes nomes como Alves Barbosa, Ribeiro da Silva, Sousa Cardoso, João Roque, Américo Raposo, Peixoto Alves e Joaquim Agostinho entre outros.
Os discursos do dr Salazar e ainda as mensagens de Natal dos soldados em Goa, Damão e Diu e mais tarde dos da Guiné, Angola, Moçambique e Timor. Portugal era enorme e tudo era a bem da nação!
Coisas que o tempo leva!...

sábado, 7 de novembro de 2015

Atarantados

No tempo de Salazar, o regime inculcou no espírito dos portugueses a ideia de que os comunistas comiam crianças ao pequeno almoço, mesmo as crianças daqueles que não tinham crianças. Hoje, o povo sabe que o regime de agora, embora não coma as crianças, come a papa das crianças e dá-a aos mercados e aos “familiares” dos mercados! O povo quer mudar. Não sabe bem como, porque alguns partidos em quem confiava para a mudança, estão cheios de “ASSIStidos” pelos mercados, alguns até “AMADOS”! Então, na confusão que por aí vai, alguns, como Vanzeler, dá-se ao luxo de, em nome dos 10% de empresários que representa, (aqueles que viajam com o presidente para todo o lado), falar em nome dos 90% de micro-pequenos e médios empresários, cujo único interesse é que o Estado não lhes complique a vida mais do que ela já está por serem pequenos. Os abutres andam no ar, apavorados, com medo que alguém toque na sua “carne”.