sábado, 28 de março de 2015

Boa casta

Hoje, ouvi na rádio o seguinte diálogo:
(As palavras como estão são minhas mas a essência é dos dialogantes, sobretudo essa pérola do “tênhamos”!
  • Entrevistador: Qual é o segredo da excelência deste seu vinho?
  • Empresário: A casta trincadeira preta faz com que tênhamos esta maravilha!
  • Entrevistador: e a poda? É difícil, não?
  • Empresário: a poda é uma arte. Sabia que as primeiras podas foram feitas por burros?
  • Entrevistador: ai é?
  • Empresário: pois. Antigamente alguns agricultores usavam os burros para puxar as charruas na preparação da terra e, enquanto faziam o trabalho, os animais iam comendo as pontas das videiras. Conclusão: a produção destes agricultores era muito maior! A partir daí todos começaram a podar, não com a boca dos burros mas sim com as tesouras.
  • Entrevistador: deduz-se então que, além de ser uma arte, qualquer burro pode ser podador!!!

quarta-feira, 25 de março de 2015

Lavadeiras

Estes tanques situados por detrás da fonte da Moita, foram as grandes máquinas de lavar dos anos 50 e, pelos vistos, ainda  há quem as utilize. Prova-o esta foto tirada hoje, 25 de Março de 2015! Senti vontade de os ver e recordar aquele tempo. Hoje é um espaço reduzido e encurralado entre vários edifícios mas, outrora, à sua volta, existiam areal e canteiros de jardim. Era sobre esses canteiros que as lavadeiras estendiam as roupas para as secar e corar ao sol. Para uma criança, o recinto era um espaço enorme e como todos os tanques estavam sempre ocupados, a algazarra das mulheres era indescritível, ou, se o quisermos descrever, talvez possamos dizer que não diferia muito do que é hoje, por exemplo, o mercado da ribeira. Mas, como era espinhoso aquele trabalho das lavadeiras!... ensaboar a roupa, batê-la na pedra, torcê-la, enxaguá-la, voltar a torcer! Enquanto isso, os filhos brincavam num areal que havia ao lado, mas sempre vigiados. Terminado o trabalho, punham uma rodilha sobre a cabeça e sobre a rodilha o alguidar de barro cheio de roupa. A filharada atrás, corria e saltava como passaritos, inconscientes das agruras da vida de uma mãe!

sexta-feira, 20 de março de 2015

Alhos e bugalhos

Quando calcorreamos os carreiros das poucas áreas de mato virgem que ainda vão sobrevivendo, deparamos por vezes com estas “moradias” de vespas a que damos o nome de bugalhos. Deles se recordam os mais idosos que os usavam quando crianças para jogar ao berlinde, antes de aparecerem os de vidro multicoloridos. As vespas depositam os seus ovos nos ramos de certas árvores da família do carvalho, sobreiro e azinheira e sobre eles se formam esses esféricos casulos em cujo interior ocorrerão as diversas metamorfoses da vespa, até se transformar num inseto adulto.
Vão-se encontrando também, ainda, as urzes, a carqueja, os medronhos, os murtinhos e muitos cogumelos. Quanto a estes, cuidado, nunca confundir alhos com bugalhos!!!

sexta-feira, 13 de março de 2015

Rico

Jesus disse até com graça
para quem o quis ouvir:
É mais fácil um camelo
por uma agulha passar
do que a rico a gente vê-lo
no reino de Deus entrar!
Mas ser rico não tem mal
tem mal é o preconceito
que se vê naquele jeito
de olhar um desigual!


segunda-feira, 9 de março de 2015

Onde já vi isto?

Reza a história que, em 1939, era Frank o Governador geral da Polónia, recebeu este de Hitler, uma carta com os seguintes lindos disparates:
Os polacos nasceram para executar trabalhos grosseiros. Não se trata de melhorar a sua sorte. É indispensável manter um nível de vida muito baixo na Polónia e impedir que se eleve. Os polacos são preguiçosos e é preciso empregar a violência para os fazer trabalhar!”
Depois disto, o sr Frank dirige-se aos exércitos alemães na Polónia:

A única maneira de administrar a Polónia consistirá em explorar o mais possível este país, tomando-lhe todos os produtos alimentares, as matérias-primas, as máquinas, as instalações industriais, etc..., necessárias à economia de guerra alemã, em assegurar todas as categorias de trabalhadores necessários para os enviar para a Alemanha, em reduzir o conjunto da economia polaca ao mínimo absolutamente indispensável à simples sobrevivência da população, em fechar todas as instituições culturais, em particular as escolas e os colégios técnicos, afim de impedir a formação de uma nova elite polaca. A Polónia será tratada como uma colónia; os polacos tornar-se-ão os escravos do Grande Reich Alemão.” 

sábado, 7 de março de 2015

Tiro ao arco

Todos nós sabemos bem
 de tantos que escrevem mal
quem põe há, lembre que tem
um Agá inicial!

Eu hei, tu hás, ele há
Nós havemos, vos haveis, eles hão.

Nunca digas façarei
nem nós somos cidadões
em terra de cegos Rei
é quem rouba mais milhões!

terça-feira, 3 de março de 2015

Curiosidades

Passos Manuel, ministro em várias ocasiões, ainda nos tempos da monarquia, marco importante no ensino em Portugal com a criação de liceus , conservatórios e academias de arte e de ofícios, pode e deve ser considerado uma figura notável. Foi precisamente para as figuras mais notáveis deste país que ele mesmo, em 1836, decretou a edificação de um Panteão Nacional. Esse mesmo Panteão onde, passados mais de 150 anos após a sua morte, ainda não teve lugar. Vai ter lugar sim e com aprovação de todos os grupos parlamentares da Assembleia da República, o corpo de um futebolista que apenas há um ano faleceu! Nota-se como os nossos deputados são cuidadosos quando se trata de amealhar votos!