Ensinos
Ontem, na fila de uma caixa, num supermercado de bricolage, seguiam na
minha frente duas jovens mulheres em conversa muito animada e, assim de
repente, ouvi uma delas dizer para a outra: “Se este ano for dar aulas, vais
ver se fumo ou não fumo! Creio que se referia a fumar no recinto da escola. Não
acredito que estivesse a insinuar que iria fumar numa aula em frente dos alunos!... Mas, pronto, cada um fuma onde quer desde que possa. A mim só me
incomoda quando estou a comer mas, como felizmente ou infelizmente já não
frequento restaurantes… tudo bem. Ah, a propósito de fumo em restaurantes tenho
uma engraçada para contar: Levei uma vez a trabalhar comigo um rapazão aqui da
zona e chegada a hora do almoço, entrámos num restaurante que existe ali perto
do Palácio da Justiça em frente ao parque Eduardo Sétimo. Sentámo-nos e, quando
iniciávamos a refeição, começou a sentir-se um cheirinho que não tinha nada a
ver com a comida que tínhamos escolhido e que vinha de uma mesa perto onde um
indivíduo tinha acabado de acender o seu cigarro, depois de encher a pança e beber uma amarelinha! Em voz baixa, disse ao meu amigo: Já não me está a saber
a nada a comida! Oh sr Jorge, disse o rapaz, quer que eu parta já o focinho àquele
gajo? Eh calma, disse, nada disso. Felizmente o fumador saiu e ficámos melhor.
Mas voltando às ditas educadoras do bricolage, que foi o que me levou a
escrever estas linhas, passou-se o seguinte: Quando a culta professora se
aproximou da caixa para pagar, o saco que trazia a tiracolo tocou num expositor
que havia junto e fez cair um objeto que depois vi tratar-se de um isqueiro de
cozinha. Ela, certamente por ser muito contra regras de civismo
estabelecidas, deu um pontapé no isqueiro como quem varre o lixo para debaixo
do tapete. Apeteceu-me dar-lhe um murro no focinho como diria o outro mas, pelos
vistos, fiz melhor ainda: apanhei o isqueiro e recoloquei-o no devido lugar.
Olhou-me cá com uma cara!!!
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